domingo, 26 de maio de 2013

CAPÍTULO 02: A FLORESTA DOS ESPIRITOS - PARTE 04: O POÇO DAS ALMAS NÃO NASCIDAS


 
“A terrível travessia na floresta dos espíritos prossegue. Esvaídos, cansados e quase sem forças, o grupo Torilyn permanece insistente em alcançar as ruínas da destruição. Após enfrentar o Solamith, e atravessarem a margem do plano material no rio da morte, o grupo é surpreendido pelo desaparecimento de Doghin que lutava na outra margem. O único recurso é confiar no guardião Argos, que passa a guiar seus aliados pelos confusos caminhos da floresta.
Enquanto isso, em Torilyn, Gustovan faz revelações acerca de Einsemond e Eisenkern, afirmando que o verdadeiro inimigo, chamado de Melchior, ainda não se revelou, alertando Judy sobre os 7 selos de Kindara, e de que 5 já foram quebrados, nas regiões de Lombarda, Zamora, Estigia, Iranistão e Lorena, restando Castela e um sétimo reino ainda desconhecido, que são os próximos a serem atacados pelos membros de elite do imperador.
Suas palavras surpreendem Judy, principalmente quando fatos acontecidos em um passado remoto passam a ter correspondência com os fatos atuais. Algo como Kindara e as divindades exiladas, e a tentativa de se manter o equilíbrio no mundo, remetem a uma responsabilidade de proporções ilimitadas muito além da capacidade de qualquer um que exista em Torilyn.
A conversa é suspensa, quando a porta é aberta pelo misterioso clérigo que anuncia a presença do rei de Terube e Monrad que finalmente atendem ao chamado de Gustovan feito muito antes do grupo investigar as minas de Eisenmond. A presença dos Dragans é um ameaça real, e há cada segundo que passa, mais os reinos de Castela se sentem expostos ao terrível mal que surgirá após os dois próximos tremores.
Na floresta, outros confrontos surgem, forçando o grupo já exausto a lutar sem energias. Um grupo de fogo fátuo é o novo desafio que deverão superar para que consigam prosseguir no caminho. Khalidaf, Razzi, Abimes, Argos, Hastur, Toril e Anglyn estão próximos da ruína da destruição, mas alguns passos e finalmente deixarão a terrível floresta dos espíritos para trás.
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“Um grupo de 7 Fogo fátuo está diante da estrada. Um rosto deformado, que lembra uma aberração está em volto de luminescência avermelhada e não há outro modo de prosseguir se não vencendo as terríveis criaturas. As faces se viram em direção a vocês, murmurando em um som vibrante e fantasmagórico:
- Huhuhuhu... Os tolos caminharam até aqui para nos alimentarem...
- Deixe que venham... O alimento tem um gosto melhor quando esperneia antes de morrer...”
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Enquanto isso em Torilyn...
- Acho que estão um pouco atrasados... – falava Gustovan – Quase me convenci que Tukálon, rei de Monrad e Kraversus rei de Terube, não existissem...
- Temos desentendimentos antigos Gustovan ! Isso é público e notório ! – falava Tukálon – Monrad, Terube e Torilyn nunca chegaram em um consenso, Castela é um dos poucos reinos que não tem capital, e essa discussão acabou nos afastando.
- Somos uma família ! – falava Kraversus – Famílias brigam e se desentendem, e quando se menos espera, estão juntos de novo.
 
(Tukálon - Rei de Monrad)
 
 
- Ou não... – desabafava Gustovan – Existem alguns familiares que preferimos estar distante durante a vida toda e quem sabe na próxima.
- Mas não somos esse tipo de familiares Gustovan ! – retrucava Tukálon – Nós precisamos de Torilyn e tenho certeza que precisam de nós ! Diante de tudo que nos contou, uma ameaça iminente está prestes a surgir, temos excelentes conjuradores, guerreiros e uma tropa capaz de lutar até o último oxigênio, será um prazer conhecer sua tropa de elite e esperamos sair daqui hoje com um acordo e uma aliança que nos torne mais forte. Fomos jovens e lutamos um dia Gustovan ! Esses tempos de Glória dependem de nossa união.
- Eu lhes designei uma missão...
- Nesses tempos !? – perguntava Kraversus – Há qualquer momenta poderá precisar deles ! Para onde os mandou !?
- Eu os enviei para a Ruína da Destruição... – Os dois reis faziam uma expressão de espanto como se não acreditassem naquilo, antes que falassem alguma coisa Gustovan prosseguia – Sei que é loucura, e tenho total noção de que os Dragans em sua maior parte, protegem aquela Ruínas, pois Eisenkern está lá. O resgate desta pedra é o único meio de impedir uma guerra.
- Eles jamais chegarão lá !! – falava Tukálon – Todos os acessos para as ruínas são bem vigiados. Não posso acreditar que tenha tomado uma decisão tão absurda !
- Não seja tão ávido Tukálon !! Eles seguem um caminho que nenhum um dragan será capaz de enxergar. Há alguns dias seguiram para a floresta dos espíritos e desde então deposito minhas esperanças no retorno deles.
- Vocês os matou !! – murmurava Kraversus – Como é capaz de mandar seu grupo de elite para aquele lugar ?!
- Eu só os mandei porque são meu grupo de elite ! – afirmava Gustovan. Tukálon permanecia pensativo, enquanto Kraversus controvertido. – De qualquer maneira temos uma aliança ! Mas peço que acreditem neles e aguardem meu retorno. Se temos a chance de impedir uma guerra e evitar que tanto sangue seja derramado, não podemos queimar essa última esperança.
- Tem a minha confiança Gustovan ! – falava Tukálon – Duvidei antes de você... Não tenho mais o direito de duvidar. Esperarei o seu sinal !
- Espero que me convençam ! – falava Kraversus – Temos uma aliança então ! Deixemos as diferenças para trás !
- Temos um nome ?! – Perguntava Tukálon.
(Kraversus - Rei de Terube)
 
- Chamarei de a ordem dos três ! – falava Gustovan – Enquanto essa aliança existir nós resistiremos !
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O caminho que vocês seguiam encontra um enorme descampado em círculo. Um poço no meio possui uma luz tênue embranquiçada. A visão surpreende os olhos de todos.
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E inacreditável mas aquilo que está diante dos seus olhos, é o poço das almas não nascidas. Um manancial de almas pré encarnadas, que ainda não renasceram. Sua aparência está distorcida e isso demonstra que algo não está certo.
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As pedras no poço possuem diversas frases no idioma das divindades impossível de ser decifrado. Espirítos adormecidos flutuam ao redor da luz branca que sai do poço. Curiosamente, em algumas, faltam partes do corpo.
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“As almas dos não nascidos não sofrem influência das divindades...”
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(Cathezar - A agente de Aameul)
“Um grande demônio aparece no ar e ataca. A criatura, da cintura para baixo, parece como uma serpente gigante com escamas verdes, e como uma humana acima da cintura. Ela tem seis braços, todo com correntes enrroladas e animadas, cheias de farpas. As correntes servem de armadura e escudo:
- Vocês já foram longe demais !! Assassinaram Térak, o meu animal de estimação. Meu nome é Cathezar e isso acabará agora !!
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Antes que Cathezar ataque, um misterioso homem interrompe o combate:
- Cathezar !! Não dessa vez !! Vi muitos morrerem diante de meus olhos ! Mas não permitirei que isso aconteça !
- Saia do meu caminho Kárlux !! Você não pode me atacar dentro dessa floresta !!
 Kárlux vira-se em direção de vocês. Esse nome é familiar. O filho de Gustovan, desaparecido há muito tempo, ressurge. Ele arremessa uma bolsa com frascos suficientes para todos.
- Bebam isso ! Meu mestre Nurn, mandou lhes entregar ! Não tenho tempo para dar explicações mas terão que vencê-la sem a minha juda ! Há uma terrível maldição que me impede de ataca-la !
Antes que termine a corrente de Cathezar arremessa Karlux alguns metros para trás que consegue evitar o ataque. Eles permanece olhando para vocês acreditando que possam vencê-la. Beber ou não beber é uma decisão de vocês. O Combate inevitável inicia.
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- Maldição !! – gritava Cathezar – Da próxima vez que encontra-los não terão essa sorte !! Se Nurn interviu é porque não falhei em minha missão !!
 Cathezar desaparece utilizando alguma habilidade mágica, Kárlux se aproxima de vocês lentamente, olhando para o poço que permanece intacto. Ele respira com um pouco de aflição mas feliz por terem expulsado a criatura:
 - Devem ser os membros de elite enviados pelo meu Pai... – falava Kárlux – Quantos sacrifícios e quantas coisas tive que fazer para esperar por esse momento. Tudo o que acontece está interligado e faz parte de um terrível plano. As respostas virão com o tempo e poucas coisas poderei dizer nesse momento. A poção que lhes dei foi criada por Nurn com o poderoso efeito mágico de curá-los por completo. Vocês precisam seguir adiante e alcançarem as Ruínas da Destruição. O fato de Eisenkern ter sido retirada enfraqueceu a proteção do poço e uma misteriosa distorção está deformando o manancial dos não nascidos, isso contribui para que uma terrível fera se liberte, pois há cada segundo ela está ganhando mais força.
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Durante muitos anos permaneci desaparecido, e desde então perdi o contato com o meu pai, minha irmã Judy e o meu irmão Skeftus. Quase a beira da morte, fui salvo por Nurn, que me resgatou nessa floresta. Nunca poderei revelar sua identidade, entretanto posso compartilhar algumas informações com vocês. Cathezar é uma agente de um senhor demônio do abismo chamado de Aameul, como débito por ter salvo minha vida, aceitei a missão de se opor a Cathezar e descobrir seus planos e por qual motivo tem guardado o poço dos não nascidos, muito antes de Eisenkern ser retirada de Eisenmond. Alguém de nome Melchior aliou-se com Aameul após informa-lo que havia uma maneira do grande senhor demônio dobrar o seu poder. Eu e Nurn tentamos descobrir que maneira é essa e ela tem assassinado todos que passam por aqui. Minha última missão foi ajuda-los e nunca fiz isso antes, inevitavelmente Cathezar cumpriu a sua. Descobrir que vocês podem atrapalhar os planos de Aameul tornando-os vítima inevitável deste poderoso senhor demônio.
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- Lembro-me de uma canção antiga chamada de A despedida de Khulan, uma canção que conta a luta dos turianos contra um poderoso dragão devastador, o dragão foi aprisionado e o rei das pedras sacrificado. A canção fala da associação de Khulan com uma organização chamada de Igreja de Elementos e a enigmática irmandade do sono que também possuem relação com a história.
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- Creio que a prioridade no momento é que alcancem as ruínas da destruição, se tiverem sucesso, impediremos de qualquer modo, que os planos do mal possam evoluir. Pouco importa alguma informação se não fomos capazes de resgatar Eisenkern. Tenho muita curiosidade em descobrir o que significa a Proibição dos não nascido, mas tudo isso só deve ser pensando em um caso de falha. A aliança de Melchior com essas terríveis criaturas pode ser imediatamente aniquilada caso recuperem a pedra que Khulan criou. Ela contém tanto a terrível criatura de Einsemond como impede os planos de Aameul. Peço que tenham cautela e muito cuidado, pois Cathezar informará o encontro que teve com vocês. Sigam adiante e vençam esta floresta. Preciso encontrar Nurn. Em pouco tempo nos veremos novamente !
 Kárlux saí do local desejando sorte, e muitas dúvidas surge na mente de vocês. O resgate de Eisenkern é uma prioridade, porém novos inimigos e novas ameaças vão se revelando. Sem muito o que pensar vocês retomam o caminho. O poço é deixado para trás até que voltem a caminhar em direção as ruínas da destruição.
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A Floresta, antes tenebrosa ganha um aspecto mais natural. Vocês percebem que estão próximos da ruína, talvez em uma área que um dia foi um jardim. As terríveis criaturas, o bizarro Solamith, o poço dos não nascidos e a aparição de um meio demônio, meio diabo, foi muito mais do que esperavam antes de ingressar na travessia mais difícil da vida de vocês. A cautela é extremamente necessária, e de nada teria adiantado tantos riscos se forem vistos antes de entrar. De forma sorrateira e silenciosa vocês se aproximam. O próximo desafio surge, e vocês não tem muito tempo. Antes que Cathezar declare a presença de vocês, deverão estar dentro.

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