quinta-feira, 28 de maio de 2015

AVENTURA 03: MANDÍBULAS DE FOGO - JAMNARES - CAPÍTULO 06: A ÚLTIMA ESPERANÇA - PARTE 09: A ILHA DE DULGUR : O ANDAR INTRANSPONÍVEL - CONTINUAÇÃO


A jornada no reino distante prossegue. Após vencerem o dragonete e escaparem dos golens e de seus próprios reflexos, o grupo descobre uma misteriosa sala, porém antes que pudessem entrar, os jamnares tem a ideia de ativar a armadilha que provocará o desabamento da sala anterior despistando os reflexos que poderiam avançar em sua direção. Depois de executado, o plano é alcançado com sucesso e na sala seguinte todos descobrem que o local guarda diversos itens, dentre eles um amuleto que encontrava-se junto a uma belíssima estátua de ouro que chama a atenção de Hasthur e Abbadon que de algum modo se enfeitiçam por ele, sendo necessário que Toril e Anglyn interceptem a sua posse, trazendo-o para as mãos da curandeira, que dá ordens a sua Águia para que o retirasse dali.

Após isso, apesar de Hashutr e Abbando se recuperarem, Anglyn começava a ter sensações estranhas, porém nada que ainda pudesse preocupa-la. No mesmo local, o grupo deparava-se também com um pergaminho negro que era mantido aos cuidados do mago. Percebendo não haver ameaças, os jamnares decidem permanecer por 10 dias na pequena sala para que possam se restabelecer e se prepararem para os demais desafios que ainda surgirão no andar instransponível.

No decorrer do prazo, sem que os demais percebessem, Hasthur aventurava-se em meio às ruínas da sala anterior, liberando Drákatus que havia sido salvo no pináculo, comprometendo-se mais uma vez em ajuda-lo, liberando-o para que retornasse ao Alto da Torre. Os demais dias seguem e finalmente o grupo resolve retornar para a primeira sala do andar para enfrentarem os reflexos e seguirem na exploração da Torre de Dulgur, utilizando-se de uma magia de teletransporte utilizada pelo mago.



Alcançando a sala inicial, o combate entre os reflexos inicia e o grupo obtém mais uma vitória estando novamente diante dos dois caminhos que já estiveram. A sala dos espelhos e a sala onde se encontram os golens alquímicos, trazendo novamente a mesma escolha que anteriormente já havia sido feita. O andar instransponível mais uma vez seria enfrentado sendo impossível imaginar que outros desafios poderiam surgir diante das terríveis salas que ainda não foram reveladas.

***

F – SALA DAS TRANSFORMAÇÕES

“Vocês entram em uma sala com paredes, teto e pisos feitos com grandes tijolos alaranjados e porosos que exalam um leve aroma salgado. No meio da sala um obelisco negro repleto de runas permanece inativo. Porém a atenção de vocês é chamada imediatamente pela voz de uma criatura que encontra-se próximo a porta.É uma criatura de tamanho impressionante, muito maior do que qualquer humano ou ogro, com um corpo pesado e musculoso e uma longa cauda. Orelhas compridas e pontudas projetam-se da face bestial e chifres se projetam da testa larga: - Há muito tempo que não recebo visitas... – murmurava – 3.000 ou 4.000 anos talvez... Não me recordo bem... Meu nome é Eredar e não tenho razão alguma para saber o nome de vocês ! Se entraram nessa torre é porque estão dispostos a nunca mais saírem... Porém darei uma pequena chance para que falem e depois decidirei se devo ou não matá-los...”




***

- Lanço um desafio a vocês se superarem esse andar pouparei suas vidas medíocres e direi onde Diddy está... – Após proferir essas palavras seguidas de uma risada sinistra a criatura desaprece. A runa que estava no centro da sala antes desativada tem suas palavras todas iluminadas. Imediatamente, antes que façam alguma coisa, vários raios que saem dela atinge cada um de vocês.



***

Vocês acordam confusos sem entender o que pode ter acontecido, porém algo está completamente diferente. Para a surpresa de quase todos os membros do grupo, a aparência de grande parte dos membros possui aspecto diferenciado e não somente isso, a sensação, o modo de pensar e de observar tudo ao redor parece ter sido completamente alterado. Kyelai talvez fosse o único a não ter sido atingido pela terrível energia, porém os demais tiveram um destino diferente. Anglyn tinha a íris de seus olhos completamente avermelhadas, enquanto Khalidaff já havia deixado sua aparência de turiano para trás revelando uma forma quase celestial. Abbadon, Toril e Hasthur também revelavam aspectos distintos e pensamentos totalmente confusos, alguns bem contraditórios aos que eram assumidos minutos atrás.


- É um sensação estranha... - falava Hasthur - Creio que vocês também devem ter essa mesma sensação. Minha mente parece nublada e minhas intenções se perderam após ter sido atingido. Meus pensamentos foram substituídos por algo totalmente diferente como se todos os planos que determinei aqui não tivessem mais sentido. Apesar de minha capacidade cognitiva permanecer a mesma, creio que qualquer mudança que seja, ainda que positiva, é algo sério demais para ser encarado com naturalidade. Enfim, nós estamos diante de uma terrível runa, porém ainda temos chance de recuperarmos aquilo que já fomos e essa será a última chance. Nosso sangue deverá ser colocado sobre ela e tão logo isso aconteça o que já fomos retornará. Como um estudioso e manipulador da magia pelo sangue, isso também será uma escolha perigosa, mas não temos tempo. Vocês devem se decidir se voltarão a ser quem eram. Seja qual for a escolha a minha eu já fiz.


Todos concordam com Hasthur e depositam uma parte de seu sangue junto a runa. Gradualmente o efeito mágico vai sendo dissipado e a mente de vocês é novamente nublada. Os aspectos que haviam surgido desaparecem lentamente até que o corpo e o pensamento de cada um tornem ao que antes já foram. Kyelai o único não atingido, permanece confuso observando tudo aquilo até que a runa começasse a afundar no chão rapidamente desaparecendo em uma escuridão sinistra. A voz de Erédar era novamente ouvida emanando de todos os lados da sala:


- Vocês a conhecerão !!! Seu nome é Háakta e ela será o último obstáculo que vocês enfrentarão caso alcancem o final desse andar. Tenham certeza, os reflexos que enfrentaram não são nada comparado ao novo ser que é fruto do poder de cada um de vocês em um só. Já chega de palavras se não conseguirem encontrá-la não se preocupem que ela encontrá vocês...


A voz de Erédar desaparecia em um eco diminuindo em fração de segundos até que restasse somente o caminho a frente para ser alcançado. Hasthur, estava correto, e antes que fizessem uma escolha, ele já temia que algo pudesse acontecer, porém, correto ou não, o sacrifício era necessário. 


- Vamos ! - dizia Kyelai - Minha paciência com esse tolo já está no final !! Se voltaram realmente a serem quem já foram. Espero que provem isso !! Não fui atingido pela runa, mas creio que também tenha mudado. Antes eu só queria conhecê-lo, agora mais do que nunca eu quero matá-lo...


- Humpf - Todos nós mudamos... - murmurava Anglyn olhando para Hasthur - E talvez, apesar de tudo, nunca voltaremos a ser quem realmente já fomos...






***
(Éredar - O guardião do andar intransponível)

H – O ESTRANHO CÓRREGO

“Vocês entram em uma sala que revela algo sobrenatural, um estranho córrego corta esta sala de uma ponta até a oposta, com a água que escorre de uma parede e desaparece na outra como se caísse para o vazio. Dentro dele uma fumaça sutil emana, e em seu centro descansa um altar de pedra que suporta um crânio dourado, como se fosse uma espécie de “ídolo” ou algo do gênero. Um caminho de pedras leva da margem até o altar, atravessando o córrego em uma trajetória quase retilínea, prosseguindo do altar até o outro lado onde é possível avistar 03 portas que conduzem para diferentes lugares.

- Já basta ! - falava Kyelai que não esperava pelos demais direcionando-se no sentido do ídolo - Seja lá o que isto represente que vá para o inferno !! - O cavaleiro chutava a estrutura que afundava no córrego - Apareça seja lá quem for !! A minha espada estará esperando !!!


As palavras mal terminavam de ser soadas e um grupo de 12 nagas surgia antes que pudesse dar mais algum passo. Khalidaf retirava seus dois machados enquanto os demais se preparavam para o combate iminente. Abbadon não podia mais ser visto entre eles e provavelmente já estava oculto nas sombras. A sala iluminava-se com um barulho de farfalhar de raios que se formavam nas mãos das nagas que olhavam furiosas para Kyelai, todas direcionavam a terrível magia em sua direção.


- Vamos !!! O que estão esperando ??!!!! Ataquem  !!!!!


O grito de Keylai terminava com o ataque surpreso de Abbadon em uma das nagas seguido do tiro certeiro de Toril no pescoço de uma delas. O mesmo acontecia com Khalidaf que já havia investido em direção a um grupo, fazendo com que três delas já sentissem a fúria de seus machados. Kyelai era atingido por mais de 7 raios simultaneamente, porém isso não era suficiente para derrubá-lo, ainda que ferido, permanecia de pé, esperando a oportunidade para revidar o ataque. Curiosamente antes que investisse, seus ferimentos instantaneamente eram curados, ele olhava para Anglyn, antes de atacar a naga mais próxima, que junto a um leve sorriso murmurava:


- Não há ferimento que eu não possa curar e não há inimigos que não possamos vencer..."


***


A batalha terminava com a vitória do grupo que permanecia agora diante das 3 portas, todos estavam bem e a cura de Anglyn já havia reparado os danos causados pelas Nagas. Mais uma escolha surgia para os Jamnares. 03 novos caminhos. A expressão de Abbadon parecia mudar como se lembrasse de algo. Sua reação era rápida e antes que qualquer diálogo iniciasse, o misterioso ladino quebrava o seu silêncio:


- Esperem... - nesse momento todos olhavam para Abbadon - Eu me lembro disso...


FIM DA SESSÃO

sábado, 25 de abril de 2015

AVENTURA 03: MANDÍBULAS DE FOGO - JAMNARES - CAPÍTULO 06: A ÚLTIMA ESPERANÇA - PARTE 08: A ILHA DE DULGUR : O ANDAR INTRANSPONÍVEL - CONTINUAÇÃO

(Cima: Anglyn, Kyelai, Hasthur e Toril - Abaixo: Khalidaf, Abimes, Abbadon e Um)

A exploração na torre de Dulgur continua. Após alcançarem o pináculo e derrubarem o primeiro oponente, os jamnares percebem que ingressar no seu interior não será tão simples como parece. Toril, utilizando-se de suas habilidades descobre que para ter acesso será necessário desarmar 03 mecanismos que ocultam terríveis armadilhas. Na primeira delas, o turiano é atingindo por um estranho raio desaparecendo do local.

Na tentativa de resgatá-lo, Hasthur descobre que Toril foi teleportado para um subplano provavelmente criado por um poderoso arcanista e utiliza-se de seus conhecimentos e magias para trazê-lo de volta, na viagem planar, descobre um misterioso deserto que some aos seus olhos, voltando porém ao pináculo com o turiano a salvo.

Mas, o perigo ainda não havia sido sobrepujado e a próxima vítima é Abbadon que atingido por um terrível efeito de morte acabou sucumbindo, salvo porém por Anglyn que conseguiu trazê-lo de volta. Os esforços continuam e finalmente após inúmeras tentativas, o grupo consegue abrir passagem para o interior da torre, surpreendidos, porém, por 03 caminhos que conduzem para lugares diferentes.

Com o terrível pressentimento de seguirem pelo caminho errado, Kyelai invoca um Algúrio e obtém a resposta que precisa para não cometer nenhuma falha, seguindo a orientação que lhe foi dada. Os jamnares finalmente descem os primeiros degraus que conduzem para o interior da torre acessando uma sala repleta de experimentos e estranhos livros com um número variado de títulos, todos voltados para a intenção de superar um poder que seja maior do que o das divindades.

Mais uma vez, dois caminhos surgem diante dos jamnares, e o primeiro deles conduz para uma sala repleta de espelhos que aparentemente não tem saída, porém com um poderoso efeito mágico que surpreende o grupo, quando seus reflexos se materializam e imediatamente os ataca. Temendo, pelo combate contra eles próprios, os jamnares seguem para outra sala na tentativa de impedir que seus reflexos possam usar suas habilidades, sendo que outro inimigo, 03 golens alquímicos, acabam por se revelar, aumentando ainda mais o número de oponentes, diminuindo potencialmente a chance de sobreviverem.

Agindo de forma desesperada, Hasthur mais uma vez utiliza de sua magia para levar o grupo para a sala seguinte evitando que o combate prossiga, arriscando-se novamente no desconhecido. Agora, sem imaginarem o que irão enfrentar, é impossível prever se os jamnares  terão condições de escapar com vida, diante de tantos desafios a serem enfrentados.


***

D – O COVIL DO DRAGONETE
  
“Da escuridão, surge o que parece ser um dragão sem asas com uma forme devastadora. Um rugido de proporções colossais se espalha por todos os aposentos desse andar. A boca da criatura é aberta revelando um universo de dentes capaz de arrebentar o mais duros dos metais. A corrente que o segurava permanece em seu pescoço porém arrebentada com o outro pedaço na parede próxima, seus movimentos são fluidos e parecem rápidos apesar de seu tamanho. Suas escamas vermelhas escuras são cicatrizadas e lascadas pelo seu passado de lutas. Vocês não tem dúvida a criatura ameaçadora investia em sua direção.”

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“A sala é escura e cheira a resto de comida. Há ossos espalhados em vários lugares. Um pedaço da corrente que encontrava-se no pescoço da criatura está fincada na parede. Aparentemente não há mais nada além de um lugar que já serviu para aprisionar o dragonete.”

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“A parede imediatamente desliza sob uma fissura em sentindo vertical revelando uma pequena passagem diante de vocês. Dentro da sala é possível avistar um báu de tamanho médio além de outros tesouros que estão envolto dele. Atrás uma estátua de uma linda mulher feita de ouro em tamanho real descansa um amuleto azul belíssimo, com os olhos fechados e com os braços abertos. Provavelmente a criatura não estava aqui por acaso. Alguém tinha muito interesse em manter o local protegido.”

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A LUTA CONTRA OS CLONES

"O grupo, após 10 dias de descanso na sala secreta, finalmente reaparece para enfrentar os clones que os aguarda. Recuperados, não há muita dificuldades para que superem o desafio, encontrando-se novamente na primeira sala do andar intransponível. Resta agora saber para onde seguirão uma vez que parece não haver saída. A sala dos golens e sala dos espelhos são as únicas opções possíveis para os jamnares. A Torre de Dulgur já demonstrou que não será tão simples superá-la.


FIM DA AVENTURA.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

AVENTURA 3: MANDÍBULAS DE FOGO - JAMNARES - CAPÍTULO 06: A ÚLTIMA ESPERANÇA - PARTE 07: O ANDAR INTRANSPONÍVEL


A jornada no reino distante prossegue. Os jamnares finalmente alcançam a prisão eterna buscando a única forma de abandonarem o pântano do passado remoto encontrando Dulgur. Na torre o primeiro desafio é encontrar a entrada do local que aparentemente não se encontra em lugar algum não existindo opções se não escalá-la para descobrir se 90 metros acima há possibilidades de ingressar no seu interior.

Após uma análise planar feita pelo Hasthur eles descobrem que os efeitos da ilha são diferentes do local onde antes estavam, permitindo que se transformassem em forma gasosa e ultrapassassem as pesadas nuvens que circulavam a torre descobrindo um pináculo em ruínas sendo o único lugar possível que talvez esconda o acesso a misteriosa prisão.

Ao regressarem a forma material porém no alto da torre, o grupo é surpreendido por um poderoso inimigo, que se apresenta como Drákatus um terrível gigante arcano, guardião da suposta entrada iniciando um combate mortal que acaba por findar da forma menos esperada possível. Após ser atingido por magias taticamente bem usadas, permanecendo exausto, cego e quase morto, o gigante oferece aos membros do grupo um desejo em troca da sua vida, iniciando um conflito entre eles, uns favoráveis a sua morte, como Kyelai e outros contrários como Anglyn e Khalidaf.

Em meio a muitas discussões e controvérsias, Drakátus oferece a Hasthur todos os pergaminhos que tem disponível, porém Kyelai não reluta em sua decisão e parte para o último ataque, salvo porém, pela interferência do mago que utiliza a magia parar o tempo e a mansão de moderkeinen retirando-o antes que pudesse ser aniquilado.


Sem compreender o que houve, Anglyn descobre a atitude de Hasthur que também é percebida pelos demais despertando uma séria desconfiança entre os jamnares que passam a se decepcionar uns com os outros sem entenderem por qual motivo tal conduta foi praticada. Com muitas dúvidas e poucas respostas, uma derrota moral parece cair sobre todos, que em silêncio voltam a buscar a entrada para o interior da prisão. Aquela batalha parece ter sido decisiva para o futuro e não se sabe agora o que poderá acontecer diante de um inimigo que poderá estar entre aqueles, que antes, eram verdadeiros aliados.

***

O TOPO DA TORRE

Um silêncio paira no ar após o desentendimento do grupo. Anglyn e Kyelai permaneciam com uma expressão completamente diferente do normal. Khalidaf encarava Abaddon nos olhos que por sua vez o ignorava, ao tempo em que Abimes de alguma forma, tentava fingir que nada aconteceu. Toril já iniciara novamente a busca pela entrada da torre que até então ainda não havia encontrado. Hasthur, indiferente, restava pensativo sem mais palavras com qualquer outro jamnar.  Aquele silêncio só era cortado pelos trovões e relâmpagos que estavam mais impiedosos diante do que antes. A chuva começava a cair e tão sendo estaria disposta a parar.

***

Toril permanece analisando as ruínas do pináculo de forma minuciosa até que aos poucos se distanciasse direcionando seu olhar para vários lugares diferentes como se tivesse encontrado algo. Em três pontos nas paredes próximas algo parecia um pouco incomum e olhos do turiano haviam enxergado isso.

***

Um barulho de pedras se movendo ecoa por todo o pináculo. As ruínas balançavam como se tudo fosse desmorar. 03 fossos imediatamente se abrem no meio da torre e próximos um do outro, uma voz sinistra preenche todo o ambiente em sussuros incompreensíveis e com uma maldade impossível de mensurar. Gradativamente, os murmúrios vão desaparecendo permanecendo tão somente o barulho da chuva que permanecia caindo. Há 03 caminhos e um deles deverá ser escolhido por vocês.

***

Uma escada em espiral conduz ao desconhecido. A escuridão também é tenebrosa. Não há mais nada além dos degraus que desaparecem em longo caminho que conduz para baixo.  

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Vocês descem os degraus em espiral sem que nada os ameace e após alguns minutos finalmente alcançam o final dessa entrada que finda em uma grande porta de metal. Uma mensagem está escrita e fundida nessa estrutura de ferro com letras em idioma comun mas numa ordem incompreensíva e estranha. O único jeito de prosseguir não é outro se não abrindo a porta que está diante de vocês.” 

“Escolhas devem ser feitas, Viver é uma delas, Entrar nessa torre, não é a escolha correta...”.

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B - A SALA DE EXPERIÊNCIAS

Uma escuridão sinistra preenche este ambiente. Pedaços de corpo estão pendurados e espalhados por vários lugares deste aposento, alguns resumindo-se apenas a ossos. Há muitas folhas velhas, fracos quebrados, e livros mofados espalhados pelo chão. Provavélmente este lugar servia de experiências para algum arcanista insano. Todas as paredes possuem desenhos que só são possíveis de serem visualizados com uma melhor observação. 02 portas conduzem para diferentes lugares em lados opostos. Aparentemente não há nenhum inimigo que possa ameaçá-los.

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“Chegará o dia em que um poder superior aos deuses emergirá. Assim como nós que descobrimos a existência deles. Eles também descobrirão a existência dos outros. Há muitos universos e dimensões e nada somos diante disso. O fim de um mundo é o começo de outro. A verdadeira magia está além desse. Muito, muito além.”.

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“As gravuras contam histórias de cunho profano e são pertubadoras. Criaturas demoníacas despedaçam corpos de pessoas que fogem apavoradas enquanto em outra uma mulher dá a luz a um ser de asas horrendo que ao mesmo tempo devora seus pés. Não demora até que um turbilhão de imagens passe por sua cabeça. Gritos e gemidos de muitas almas aumentam gradativamente irritando seus timpanos. As coisas começam a girar e você fecha os olhos involuntariamente tentando não mais ser atingido por aquele efeito grotesco. Passado alguns segundos você ainda não sabe que terrível mal aquela visão perturbadora por ter lhe causado.”

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C – SALA DE ALQUIMIA

“Um cheiro químico preenche a narina de vocês tão logo adentrem nessa sala. Diversos barris de madeira e metal ocupam este ambiente, com prateleiras repletas de garrafas velhas. Um pouco acima, um dos barris está quebrado e uma enorme poça se formou no canto da sala próxima a única porta desse aposento, que se revela como uma pesada estrutura de metal negro com 6m de altura e 6m de largura. Talvez seja impressão, mas é inevitável não sentir uma terrível sensação ao olhar para ela.”

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“Antes que examinem esse local, é impossível não perceber que o cheiro havia ficado mais forte. Um processo químico nunca visto por vocês começava a se formar na poça próxima da porta. Rapidamente três criaturas humanóides começavam a se formar a partir de uma mistura multicolorida de restos de óleos e poções. Em menos de segundos algo bizarro surgia diante de seus olhos. Três monstruosidades corpulentas com informes características inchadas imediatamente se deslocavam na direção dos mais próximos do grupo. Fluidos borbulhavam abaixo de sua pele revelando um terrível inímigo. Não há como fugir se não derrotando as criaturas. ”



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E – A SALA DOS ESPELHOS

“Vocês entram numa sala totalmente diferente da anterior. Ao ingressarem nesse aposento é impossível não notar a presença de enormes prismas posicionados de forma organizada no centro do salão, formando 3 colunas e 3 fileiras, à 3 metros um do outro. Há espelhos espalhados por todas as partes desse lugar tornando-o bem maior do que parece. As imagens se repetem por várias vezes desaparecendo em um misterioso infinito. Aparentemente não há nenhuma porta que conduza para a sala seguinte.”

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“Algo estranho chama a sua atenção. O espelho a frente parece ondular levemente como se estivesse aderindo a um estado líquido. Sua imagem a frente fica um pouco distorcida como se uma aura negra circundasse o seu corpo. Porém, a ameaça é bem pior do que pode imaginar. Um sorrisso sinistro e um olhar maléfico não condizem com sua real aparência. É quando imediatamente todas as imagens que refletem vocês saltem do vidro em forma real. Antes o que era imagem adquiria uma forma corpórea idêntica a sua, sendo inevitável. Mais um combate iniciava.” 

quarta-feira, 25 de março de 2015

AVENTURA 3: MANDÍBULAS DE FOGO - JAMNARES - CAPÍTULO 06: A ÚLTIMA ESPERANÇA - PARTE 06: A ILHA SOLITÁRIA - UM TERRÍVEL GUARDIÃO


Os jamnares finalmente alcançam a ilha de Dulgur, no pântano do passado remoto, buscando a única forma de abandonarem o local e se aprofundarem no reino distante. Após terríveis combates o sereia de guerra alcança seu objetivo encalhando na margem, não existindo outro modo de encontrar a misteriosa criatura se não caminhando pelo desconhecido.

Antes que adentrem na ilha, o grupo se depara com uma pequena tropa de criaturas que lembram homens lagartos, liderados por Azérax que ordena o ataque, por acreditar que os jamnares seriam ilusões. Após o combate, uma visão perturbadora mostra que todos os corpos dos inimigos feridos se curavam automaticamente, demorando pouco tempo para que se levantassem e estivessem totalmente recuperados como se nunca tivessem sido atingidos.

A surpresa parece também perturbá-los até que compreendessem que diferente das visões que enfrentam a milhares de anos, os jamnares eram na verdade seres que ingressaram voluntariamente no Reino Distante. Azeráx revela, que todos que estão ali foram condenados por crimes cometidos contra as divindades, principalmente aqueles que tentaram a imortalidade, punidos e forçados a enfrentar seu pior medo indefinidamente morrendo e renascendo todos os dias, sem que jamais possam alcançar o descanso eterno.

A existência do grupo, de sobremaneira, dá uma esperança as almas cansadas daquelas criaturas que buscam o direito de morrer, permitindo que auxiliem os jamnares no que for possível para que saiam dali. Porém, ao ser pronunciado o nome Dulgur, todos ficam atônitos, uma vez que esta criatura em específico é o pior condenado que se encontra na ilha, recolhido na prisão eterna que se localiza no seu centro. Após muitas discussões, Azeráx resolve guia-los, prevenindo-os que no caminho poderão surgir criaturas que fazem parte do seu passado e que nunca foram vencidas por ele, chamando-os para seguí-lo mesmo acreditando que é uma insanidade ir de encontro a Dulgur, principalmente porque todos que seguiram em direção à prisão eterna tiveram um sofrimento e uma pena pior do que a dele.

Caminhando, agora em direção ao principal objetivo, Azeráx ainda suspira algumas palavras revelando que Dulgur não é o verdadeiro nome da criatura que o grupo está buscando, ingressando na misteriosa floresta que deverá ser superada para que finalmente alcancem a prisão eterna.

Enquanto isso, no plano das divindades, Hépoca, Turik, Kirsha e Volkien eram acusados por Kélen, Parlas, Aton e Mytra, de interferirem no mundo dos mortais e de esconderem a existência de Torus, sendo enquadrados na mesma condição de Barus que abandonou o plano das divindades reencarnando em Gustovan, tratados como traidores e violadores do livre arbítrio criado pelo deus maior, por apoiarem os jamnares.

Antes de serem presos porém, Hépoca, avisa a Kélen de que a ordens de Torus estão sendo descumpridas, abstendo-se de resistir a ordem de seu irmão avisando-o do terrível erro que está sendo cometido, porém Kelén permanece relutante determinado a restabelecer a suposta ordem de seu pai, prometendo aos demais de que encontrará os jamnares e de que interromperá a interferência que seguia até ali, cabendo a Parlas identificar em que lugar foram enviados.

Em meio a esse conflito de divino que iniciara, o grupo prosseguia em sua jornada no reino distante encontrando o seu primeiro desafio, enfrentando um terrível constructo conhecido como coletor de cadáveres, que é superado sem dificuldades, cientes de que a qualquer momento podem se deparar com um grupo de gigantes da morte anunciados por Azérax e pela visão de Kyelai que preveni a todos acerca da habilidade das criaturas de aprisionar almas.

Em outro local, em Caríades, capital do império, Melchior reúne os membros de elite de Tothamon sem imaginar ainda onde estão os jamnares, decidindo de que destruirá Turan seguindo para a cidade dos anões como meio de despertar a atenção do grupo que desapareceu desde que Arya iniciou a resistência de possessão do Slaad negro. Suas palavras escondem um terrível poder que ainda não foi revelado no plano material e que poderá se manifestar no ataque iminente que está prestes de acontecer.

No reino distante, a jornada prossegue, e os jamnares, já próximos da prisão eterna, deparam-se com os gigantes da morte utilizando suas habilidades principais para superá-los concluindo finalmente a travessia, sobrevivendo a jornada de 16 horas pela floresta, sendo o ponto final para Azeráx que revela sua admiração pelo grupo por chegar até ali entregando para um de seus membros o cordão que lhe pertence como um sinal de esperança e sorte partindo em seguida.

Agora, diante da torre da prisão eterna, o grupo está cada vez mais próximo de encontrar Dulgur para que possam sair do pântano do passado remoto e prosseguir na viagem rumo ao plano elementar do tempo, sem imaginarem qual será o próximo desafio, que emergirá tão logo voltem a caminhar em direção ao misterioso destino que os aguarda.

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1 - A ENTRADA

Uma presa rochosa emerge do solo. A torre é mais larga na base, desaparecendo em meio a uma nuvem que mais lembra almas desesperadas do que vapor. Suas laterais rochosas são cravejadas de ossos, caveiras humanas e de criaturas de todas as espécies, faces, pórticos, peitoris e outras texturas repugnantes. Não há nenhuma entrada.

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2 – A ENTRADA PELO TOPO

A torre alcança 90m de altura e é aberta no topo. As lascas de pedra pontiagudas fortificam o pináculo oco – elas são semelhantes a presas direcionadas para cima, com altura que varia entre 1,5m e 4,5m, circundando um intervalo de cerca de 12m de comprimento. A escuridão preenche o vazio do espaço interno, com uma névoa de almas que parecem em uma agonia eterna.

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(Drákatus - O gigante arcano)

Antes que possam alcançar a entrada da torre. Em meio à escuridão uma penumbra é revelada em um ponto mais alto em meio às ruínas. Raios rasgam os céus e  antes que possam avistá-la totalmente sua voz preenche o ar como os trovões:

- Seres tolos que se aproximam da prisão eterna !!!! Jamais poderão entrar !!! Sou o último guardião da torre !!! O lorde do grande portão !!! Meu nome é Dakátrus ! Não permitirei que prossigam !!!!!

Um gigante enorme que lembra um humano bem formado de proporções tremendas é o guardião da torre. Sua pele é tingida com uma leve coloração púrpura, e símbolos arcanos estranhos estão tatuados próximos em todos os centímetros em sua pele. Ele possui um cabelo claro e olhos que parecem se alterar de cores indo do azul ao verde e ao violeta. Sua aparência não se compara a dos gigantes que enfrentaram antes de escalarem a torre que pareceriam crianças diante dele. Não há tempo de pensar em muita coisa a criatura não hesita e imediatamente inicia seu ataque.

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Após o desaparecimento da criatura com o fim do combate, haviam muitas dúvidas e poucas respostas, uma derrota moral caiu sobre todos. Aquela batalha parece ter sido decisiva para o futuro e não se sabe agora o que poderá acontecer diante de um inimigo que poderá estar entre aqueles, que antes, eram verdadeiros aliados.

quinta-feira, 19 de março de 2015

AVENTURA ÉPICA - VONTADE CELESTIAL - CAPÍTULO 02: O CASTELO DA ESCURIDÃO – PARTE 02: O REENCONTRO COM O LIMBO

(Estandarte do Reino de Torilyn)

“No reino distante os jamnares finalmente alcançam a Prisão Eterna após atravessarem uma terrível floresta guiados por Azeráx, aniquilando todos os desafios, desde um grupo de Coletor de Cadáver e dois poderosos gigantes da morte, aproximando-se ainda mais de Dulgur para que possam deixar os pântanos eternos e prosseguirem na busca pela semidivindade do tempo.

Porém, os perigos estão bem além de seus esforços, no plano celestial, Kélen, Parlas, Atón e Mytra se confrontam com Hépoca, Turik, Kirsha e Vólkien, ordenando a imediata prisão da divindade do tempo e dos demais, por interferirem no mundo dos mortais exigindo a aparição imediata de Torus, que permanece oculto. O conflito entre as deidades parece alcançar seu ponto crítico e Kélen assume a liderança dos deuses maiores ordenando que os jamnares sejam localizados e retirados de onde quer que estejam para que a interferência não mais ocorra.

Enquanto isso, no plano material, Melchior é informado de que um grupo saiu de Torilyn em direção ao Castelo do Iranistão, local em que Arya resiste a possessão do Slaad Negro, sem entender ainda onde estão os demais jamnares, acreditando, apesar de tudo, que seus planos não serão afetados diante do terrível poder da criatura que está no local, confiando no poder do Slaad. Porém, o que surpreende os membros de elite, é a decisão de Melchior, que resolve investir contra o reino de Turan, acreditando que a destruição do último reino dos anões atraia a atenção de Khalidaf e Toril.

No castelo real, longe ainda de encontrarem Arya, o grupo liderado por Judy, já deixou vários desafios para trás, juntamente com Doghin, Mikal, Andreas, Knolan e Aurin, aniquilando um lorde das profundezas, golens de Mithral, Vermiurgos e um Sirush, alcançando uma terrível porta que é aberta por Tervus, um servo do antigo rei, preso em um espelho, que revela o terrível poder que emana do local em que irão ingressar.


Por fim e contando com a proteção de Gustovan. Kyra, Lancelot, Dasmius e Phoenix permanecem sem notícias aguardando os últimos 04 dias de prazo estabelecido por Extórax Réx, sem imaginarem, que no Reino Distante, no Plano Celestial, em Caríades, e no Castelo do Iranistão, inúmeras forças trabalhavam, sem que até o presente fosse possível descobrir qual lado sairia vencedor."

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“F” – A SALA AMALDIÇOADA

“Uma grande quantidade de corpos estão em pilha nessa sala. Curiosamente todos estão sem cabeça. O chão encontra-se manchado de sangue e diversos símbolos demoníacos cercam este local. O medo de Tervus não parece exagero. Em meio a este ambiente macabro vocês não conseguem visualizar a porta que conduz para o ambiente seguinte.”

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“A luz oriunda da outra sala vai enfraquecendo na medida que uma terrível escuridão rapidamente faz desaparecer a porta por onde entraram. Uma energia maligna e poderosa preenche todo o ambiente e vocês não tem dúvida de que existe uma ameaça capaz de aniquilá-los. Uma voz acompanhada de murmúrios de dor chama a atenção de vocês:

- Qual a sensação de se depararem com a própria morte seus tolos? – Perguntava a Criatura – Ninguém pode ir de encontro aos objetivos de Melchior, o futuro senhor desse plano !!!! Essa é apenas uma pequena parcela do poder daqueles que lhe cercam !!! – Toda a sala tremia até que novamente ouvissem sua voz - Quais serão suas últimas palavras?"


***
Um enorme clarão de fogo preenche toda a sala que imediatamente se retorce regressando para dentro de si mesmo como se implodisse. As paredes começam a se tremer e o chão a tremular se distorcendo gradativamente. Vários fragmentos de pedra explodem no ar desintegrando-se. Os braços de Doghin começavam a formigar em uma dor intensa como se ela já conhecesse aquela manifestação de energia. Ar, fogo, terra e água pareciam se degladiar entre si até que uma enorme explosão ocorresse. A última imagem que se lembram é de um impacto violento arremessando-os quilômetros um do outro.

Enquanto isso,
Em Torilyn.

- Tive uma estranha sensação. – Falava Kárlux levantando-se abruptamente olhando para Phoenix – É como se algo terrível fosse acontecer...

Phoenix permanecia olhando para o guerreiro desolado que ia em direção a janela como se algo o pertubasse. Naquele momento a porta era aberta por Kyra que parecia apressada:

- Phoenix, Kárlux... Preciso que vejam isso !!

Ao saírem do local a energia branca que circundava Torilyn parecia menos densa e mais fraca, por alguns instante ela parecia desaparecer, como se a qualquer momento fosse falhar.
- Precisamos agir rápido. – Falava Phoenix – Não podemos esperar pelo inimigo !!

- E o que sugere ? – Perguntava Kárlux.

- Não podemos ficar parados enquanto muitos arriscam suas vidas !!! Nós estamos cercados com os reinos de Terube e Monrad tomados por Yugoloths e criaturas que servem a Extórax Réx. Se não podemos enfrentá-lo diretamente, devemos ao menos enfraquecer seus lacaios. Quando a proteção de Gustovan cessar não tenho dúvidas de que seremos atacados, e isso nos força a agir antes ! Tenho 1000 turianorianos sob o meu comando e sei que 500 bons guerreiros lhe atendem Kárlux. Convoque Dasmius e Lancelot com os remanescentes, já é hora de sairmos de Torilyn e retomarmos o que nos pertence !!

- Isso não seria um ataque suicidada Phoenix ? – perguntava Kyra

- Suicídio ? – ironizava Phoenix – Com todo respeito, senhorita Kyra, mas depois da decisão tomada pelos jamnares e por Judy, você já deveria estar acostumada com isso. Chame as suas águias ! Se isso é um suicídio brindemos a ele !!

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(Cathezar)

“H” – A ANTIGA SALA DE JANTAR

Vocês acordam confusos sem compreenderem o que aconteceu, a visão de vocês parece turva e a cabeça um pouco fora do lugar. Por sorte ou não milagrosamente ainda estão inteiros. Porém, isso é o menor dos problemas, diante de seus olhos está uma serpente gigante com escamas verdes, e como uma humana acima da cintura. Ela tem seis braços, todos com correntes enrroladas cheias de farpas e junto com ela 04 terríveis criaturas com tamanho de ogro, de corpo humanoide, com escamas horrendas que revestem seu corpo, e asas amedrontadoras, aguardando vocês despertar. Pedras flutuam como se não houvesse gravidade apesar de vocês encontrarem-se firmes no chão e as paredes parecem mescladas com uma névoa que oscila fazendo-as por algum instante tremular.

- Ora ora ora, finalmente acordaram !! Não sei se lembram de mim, mas com certeza lembro de vocês.

Aquela criatura era uma velha conhecida, sim, era Cathezar a meia demônia/meia diabo que atacou os jamnares na floresta dos espíritos. Seu olhar era de surpresa e ao mesmo tempo de ironia como se tivesse a vida de vocês nas mãos dela, e de fato, isso era a realidade.

- Humpf ! Eu não podia matá-los sem que antes soubessem que nada alterou os planos de Melchior !! E apesar de encontrá-los sem consciência devo reconhecer que vi poucos mortais aniquilarem um infernal. Vocês de Torilyn sempre nos surpreendem e é uma pena que não sejam os jamnares para terminar o que deveria ter concluído nas ruínas da destruição. De qualquer modo, muito me agrada tê-los aqui, principalmente para perceberem que não há nada que possam fazer. Quem diria, o grande Aurin e Doghin resumidos a correntes !!!! Que tolice acharem que alcançariam o templo de Jamnar !!! Enfim, falta pouco tempo !! Só não os aniquilarei porque Melchior quer muito lhes falar !!! Já chega !! Levem-nos para as masmorras !! Ansiarei para nos encontrarmos novamente pois tenho certeza que não terão a mesma sorte !!!

Uma sonolência preenche a mente de vocês e é impossível reagir com aquelas correntes. Uma poderosa magia impede que possam fazer qualquer coisa. Em poucos instantes suas palpebras se fecham e mais uma vez vocês estão inconscientes.

***

“Vocês acordam em uma pequena cela cercada de energia arcana. Seus objetos permanecem intactos. No local não há nada além de uma poderosa magia permanente. Antes que façam alguma coisa, a voz de um homem atrai a atenção de vocês. Ele possui uma capa prateada, de aparência séria e cabelos pretos. Um cordão com um mão segurando o mundo descansa sobre o seu peito."

***

- É um prazer conhece-los ! Ainda que seja em uma situação tão degradante... Meu nome é Nurn ! Nascido no desequilíbrio para equilibrá-lo. Talvez já me conheçam. Sou o líder dos Controladores. Mestre de Kárlux e de Kurts.

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(Nurn - O Líder dos Controladores)

“- Muito tempo se passou desde que jamnar desfaleceu... E muitos se aliaram desde que descobrimos a existência daqueles que carregam sua essência. Doutrinei diversos agentes que se uniram aos Controladores e Kárlux sem dúvida foi o melhor deles. É por isso que talvez, não seja novidade que vocês já saibam quem seja Cathezar e quais são os terríveis planos de Melchior. Confesso que encontrá-los na floresta dos espíritos reanimou minha esperança e não foi por outro motivo que solicitei que Kárlux retornasse de imediato a Torilyn no momento certo de encontrar Mikal, Andreas e Knolan cercados por Yugoloths. Enfim, vocês já sabem de todo o resto, Doghin foi um dos primeiros a perceber nossa intenção. Somente os jamnares podem enfrentar Extórax Réx, e somente quando Árya sair de dentro do templo de jamnar é que poderemos finalmente alcançar o seu coração. O que pode acontecer depois disso não imagino, ela resiste firmemente, porém temo que nenhum de nós esteja lá, na sala do rei, quando ela conseguir sair daquelas escadas. Humpf! Foi uma tolice ingressar sozinho nesse lugar tão hostil, pois acabei subestimando a força do inimigo."

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Nurn levanta-se do chão olhando firmemente pra vocês como se fosse dizer mais alguma coisa. Ele olhava ao redor como se pensasse em algum modo de sair dali até que finalmente falasse.

- Essa prisão poderosa pertence a Melchior. Um mago do sangue. Não temos muito tempo. O desaparecimento dos demais jamnares é que nos mantém vivos e assim que souber que Cathezar nos aprisionou virá até nós, pois somos os únicos que sabemos aonde estão. Minha vida sempre foi à busca pelo equilíbrio e descobri muitas coisas para encontra-lo. – Nurn retirava um estranho livro de dentro da sua capa – Nesse livro há muitas revelações. O desaparecimento de Diddy, as armas de estrelas, a guerra entre as divindades que é inevitável, e muitas coisas que não são seguras para serem pronunciadas. Kárlux é o único que poderá lê-lo. E isso. – Falava Nurn arrebentando o corrente de seu pescoço –É o símbolo de nossa ordem. Diga a Kárlux que ele é meu sucessor. Minha vida aqui teve um propósito e agora posso compreendê-lo, porém, não poderia prosseguir ao lado de vocês.

***

- Para dissipar essa poderosa magia terei que sacrificar a minha vida. Mas como eu disse. Esse é o meu propósito. Se para alcançar meu objetivo preciso recoloca-los no caminho para a sala do rei. Eu o farei. Afinal não é justo que fiquem aqui e aguardem pela morte. – A sala começava a tremer na medida que a mão de Nurn era cercada por um brilho negro, o sangue do seu corpo rapidamente fluía por suas veias direcionando-se para os seus braços, preenchendo a estranha esfera de energia. A pele de Nurn começava a envelhecer como se suas células rapidamente morressem. Seu cabelo antes preto se tornava branco como se toda sua energia vital fosse sugada. – Gustovan, não aguentará muito.... – murmurava Nurn com uma voz trêmula e quase sem forças – Façam valer minha vida senhores !!!! Eu a entrego na mão de vocês !!!!!!!

Nurn tocava na grade de energia com suas mãos preenchidas por toda sua força vital, seu corpo era imediatamente envolvido pela mágica contida nas grades, como se sugasse todo o seu poder arcano. Em menos de segundos um clarão de luz se apoderava de todo aposento até que se despedaçasse em inúmeros fragmentos desaparecendo no ar. O chão tremia a medida que o poderoso efeito ia cessando e agora sem os obstáculos que os impedia de sair. O limbo ainda presente fazia com que as estruturas de pedra se mexessem como água ainda que novamente se estabilizassem. Porém o sacrifício de Nurn não foi ouvido somente por vocês. Logo a frente as 04 criaturas que acompanhavam Cathezar seguidas de outras 04 surgiam teletransportando-se de algum local, empunhando uma enorme corrente de cravos. O terrível diabo de Chifres parecia não acreditar que estivessem livres daquela prisão.
- Não podem fugir !!!!! – gritava um deles – Ninguém pode se libertar da prisão de Melchior e muito menos abandonar este local antes que se apossemos do coração de Arya. Se derem mais um passo. Não hesitaremos em aniquilá-los.

- Não seja tolos !!! – urrava outro – Podem ter vencido aquele infernal !!! Mas jamais serão capazes de nos sobrepurjar !!! 



“J” – O CORREDOR DAS MASMORRAS

“Os diabos de cifres finalmente são vencidos, era o mínimo que podia ser feito em prol  de Nurn. Sua vida foi sacrificada para que pudessem prosseguir. Por esse extenso corredor só existem agora duas opções e não há mais tempo para perder. Sob o limbo controlado só resta agora encontrar o salão do rei”.

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“N” – O REENCONTRO COM CATHEZAR

“Vocês finalmente conseguem escapam das masmorras do castelo, alcançando o andar em que antes estavam. Ao abrirem a porta Cathezar está novamente diante de vocês sem compreender como fugiram das celas de Melchior, junto a ela duas criaturas que lembram touros demoníacos, não passam despercebidos com seus corpos humanoides de 6m, pertencentes a mesma raça de Dabókia, o minotauro que foi vencido pelos jamnares nas ruínas da destruição:

- Isso é impossível !!! – gritava Cathezar – Não posso permitir que prossigam !!! Não sei como escaparam, mas são perigosos demais para viver !!! Eu mesmo cuidarei disso !!!! Vamos !!! Em nome de Melchior !!! Mandarei todos para o inferno !!!

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Enquanto isso em Turan

- Eles chegaram !!! – falava Górin levantando-se bruscamente.

Todos os turianos que estavam próximos permaneciam surpresos ao verem seu poderoso mago despertar. Um sono que perdurou por mais de 200 anos.

- Górin ?!?!? Não posso acreditar o que meus olhos vêem !!! Desde os tempos de Khulan que você dorme !!! Quem acaba de chegar ?!?

- Não seja tolo !!! – Gritava Górin pondo-se de pé – Aqueles que até o fim do dia não mais caminharão !!! Aqueles que saberão que Turan não precisa do poder de um dragão tolo e dourado para se proteger.

(Górin, o mago anão turiano)