A travessia no
pântano do passado remoto prossegue, fazendo com que os Jamnares iniciem a
jornada pelo reino distante. Enquanto isso, em Caríades, capital do império,
Melchior tem uma terrível sensação, tornando-se incapaz de sentir a energia dos
jamnares, despertando uma inoportuna preocupação, mesmo que a poucos passos de
ter o coração do dragão dourado em suas mãos. Antes que designasse Cathezar
para ir em Torilyn, Tothamon surpreende a todos, juntamente com os membros de
elite que reaparecem após o exílio de Aurin, partindo imediatamente em direção
a cidade dos jamnares para impedir que qualquer surpresa intercepte Ária que
encontra-se a poucos passos do templo de Jamnar, nos subterrâneos do castelo
real do Iranistão.
No reino
distante, o grupo enfrenta mais um desafio, ao serem atacados por poderosos
diabos, que ceifam as vidas de Argos, Kurts e Hasthur que não resistem aos
ferimentos. Após o Combate, Um, propõe trazer apenas um deles de volta,
manipulando o passado e colocando-o no presente atual, dando uma nova chance a
Hasthur que retorna. O luto é recente, mas todos devem partir, o caminho ainda
é longo e quanto mais tempo passarem no pântano mas se aprofundarão no passado
de cada jamnar. O lugar a se alcançar é Asgarath, uma ruína que tem um portal
capaz de leva-los para a Cidadela Perdida.
No mundo
material, Ária encontra-se na sala de Tomahank, estranhando a ausência do
dragão de 03 cabeças, ingressando no templo de Jamnar, restando poucos passos e
horas para que obtenha o coração do dragão dourado, existindo apenas uma única
e última esperança depositada no grupo que após 08 horas de travessia alcança
as Ruínas de Asgarath, sendo surpreendidos porém com a falta de acesso ao
portal que se encontra bloqueado com a tranca de Kalahari, um sistema antigo,
criado pela divindade, que não permite o acesso, se não com a posicionamento correto
das 03 jóias que foram retiradas.
Diante da
situação, Um, sugere que o grupo procure por Dulgur, uma criatura que está
próximo dali, sendo a única alternativa para que consigam prosseguir, alertando
o grupo que inevitavelmente se aprofundarão em seus passados, iniciando mais
uma perigosa travessia. As palavras ditas pelo guia, não demoram para revelar
que um difícil desafio aguarda os jamnares, quando diante deles, surgem
inimigos já enfrentados anteriormente. Leshnar, a quimera de Lorde Seeker, o Beholder
das minas, Tárnak a serpente lendária da floresta dos espíritos e o devorador de almas, Solamith, todos já
derrotados, em um passado recente.
Diante do mal
iminente, não existem alternativas, o grupo deverá vencer e alcançar Dulgur,
antes que lembranças piores, mais do que pensamentos, também se tornem um
inimigo a se vencer.
***
- Era o que eu
temia... – murmurava Um após a interceptação das 4 criaturas – Nós estamos
penetrando no passado de vocês. Não há outro meio de prosseguir. Vocês deverão
aniquilar estas criaturas como já fizeram antes.
O combate mortal
com o passado é inevitável e vocês devem vencê-los se pretendem prosseguir. Não
há outra alternativa. Tárnak, Leshnar, Solamith e o Beholder deverão ser
vencidos.
***
MORADA CELESTE,
Lar das
divindades leais a Torus.
- Temos que
assumir uma posição ou o mundo sucumbirá ! Os tempos são outros ! As
circunstâncias são totalmente diferentes ! Nós assistimos por todos esses anos,
os esforços que os mortais fizeram e ainda fazem para garantir que o Mundo
Material aceitem as ordens do pai. Porém, estamos na iminência de um desastre !
Se Kindara se libertar, o mundo será coberto de mal e isso nos enfraquecerá, a
nós divindades que representamos o bem nesta balança. Quando o pai pronunciou
que os mortais decidiriam sob qual julgo irão viver, não considerou que a forma
de equilíbrio criada, tinha uma falha ! Jamnar não pode escolher os oito que
portariam a sua essência e isso mudou tudo !!! Se não intervirmos estaremos
atentando contra nós mesmos ! E sob tudo que controlamos ! Este conselho deve
reconsiderar. Não podemos permanecer inertes !! Lembrem-se que ela primeiro
dominará o MUNDO MATERIAL, para em seguida investir contra esta MORADA ! Vocês
não percebem? TURIK, ATON, KELLEN, PARLAS, MYTRA, HÉPOCA, VOLKIEN E KIRSHA.
Vocês formam o conselho dos 8, e são os únicos que podem pedir ao pai que
reconsidere !!! Façam isso ! Os mortais merecem este crédito.
- Barus, deidade
da sabedoria ! Interlocutor dos mortais, tu já caminhaste entre eles, e sabe
que não são confiáveis ! A essência destes seres foi corrompida desde a
primeira criação. Não podemos contestar as ordens do Pai ! Suas decisões sempre
são corretas, ele é a própria razão ! Ir contra o pai e ir contra esta MORADA.
E me deixa deveras preocupado, que uma divindade intermediária esteja com
pensamento, digamos, conflituosos. Foi com pensamentos assim que Kindara e
outras divindades levantaram suas armas contra esta MORADA. Eu, PARLAS, a
própria fé lhe digo, devemos confiar no PAI e não nos mortais. Entenda isto
como uma ordem Barus, essa é a vontade Celestial.
- Nós ajudamos
os mortais da forma que nos é permitido Barus ! Você não precisa ouvir isto,
pois já sabe ! Deixe que as coisas sigam seu curso natural ! Nós não podemos
intervir ! E não vamos intervir ! Como disse PARLAS, é a vontade do pai e deve
ser respeitada. Espero que esse tipo de intervenção não mais aconteça ! Eu
MYTRA, o próprio clima, comungo da opinião de PARLAS. Nem sempre o vento
soprará para o lado que queremos. Se o pai indicou uma direção, não nos cabe
caminhar contra ele.
- Não há
necessidade de muitos argumentos, Eu ATON, a água, comungo da opinião de meus
colegas. Não interviremos. Esse é o desejo do PAI.
- Este conselho
sempre foi unânime em suas decisões ! Eu KELLEN, a luz, sou testemunha desde o
início dos tempos. E espero que pela eternidade, não hajam pensamentos
conflituosos. Não interferiremos Barus.
- Bem, não sei se é necessário que os demais
votem, eu HÉPOCA, o tempo, só emito opinião, quando há empate. Se TURIK,
VOLKIEN E KIRSHA, não quiserem manifestar sua opinião, ao que me parece, quatro
já decidiram pela não intervenção. O seu pedido Barus não é ilegítimo, todas as
divindades tem o direito de se manifestarem perante o Conselho dos 8, isso é
fundamental pela harmonia desta morada. De qualquer forma, darei o direito para
que os demais se manifestem, se assim quiserem.
As demais
divindades olham para Hépoca, sem que emitam opinião. Barus prontamente se
retira da MORADA, inconformado com a decisão do Conselho, sem demonstrar o que
sente. No lado externo, Engnus, deus do destino, parece saber da decisão.
- O que me diz?
– perguntava Engnus.
- Turik, Volkien
e Kir’sha, são confiáveis e estão do nosso lado !
- Qual é o nosso
lado? Torus ou Kindara?
- Humpf ! –
ironizava Barus – Estamos contra ambos ! Não tenho mais dúvidas que os jamnares
serão nossos braços !
- E Hépoca?
- Já está
fazendo a sua parte...
***
Você teve pouco
tempo para pensar e entender o que está acontecendo. Sua última lembrança nubla
sua mente. A sensação é como se tivesse acordado de um longo sono em um local
totalmente desconhecido. Tentando convencer-se da realidade, você ainda não tem
certeza se realmente está vivo. A maldita torre parece ter sido seu algoz e os
rumores sobre a tranca de Kalahari são verdadeiros. Mas tudo isso não importa
agora, talvez a única forma de escapar deste lugar inóspito seja seguindo de
forma sorrateira, um grupo que acabara de se afastar de uma tranca semelhante,
porém, 4 criaturas impede que possam prosseguir. Você está confuso. Colaborar
ou não com eles, é a primeira decisão após tantos anos de inconsciência.
***
Você acorda com Bewolf, cheirando seu pescoço e puxando a gola de sua armadura. Sua
cabeça ainda dói e você não faz idéia de onde está. Suas últimas lembranças
remetem a missão dada por Miltíor, o líder dos farejadores. Porém a sua sorte
parece ter sido diferente dos demais membros do grupo. Procurar os 7 selos de
Kindara não era uma missão tão comum como você imaginava. Tentando entender o
que aconteceu ao seu redor, você se dá conta de que está a margem de uma
estrada, porém com um ambiente bem diferente do local anterior onde foi
fatalmente acertado por uma enorme bola de energia. O comportamento de seu
companheiro animal chama sua atenção. Seu lobo dá alguns passos a frente, e
parece ter percebido algo. Algumas vozes do lado esquerdo da entrada não muito
distante. Você sabe que não há muita opções. Para que possa entender o que está
acontecendo, nada melhor do que ouvir aqueles que habitam este local.
***
As criaturas tombavam
inertes no chão e para a surpresa de vocês não são ilusões. E como se alguma
magia poderosa tivesse colocado parte do passado que já foi superado. Porém a
surpresa de vocês volta-se para dois estranhos que acabaram de intervir no
combate. Assim como eles, vocês estão curiosos para entender de onde vieram e o
que são. Um permanecia apenas observando aguardando-os para prosseguir na
estrada.
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