sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

AVENTURA 3: MANDÍBULAS DE FOGO - JAMNARES - CAPÍTULO 06: A ÚLTIMA ESPERANÇA - PARTE 05: A ILHA SOLITÁRIA - ALCANÇANDO A PRISÃO ETERNA


 Os jamnares finalmente alcançam a ilha de Dulgur, no pântano do passado remoto, buscando a única forma de abandonarem o local e se aprofundarem no reino distante. Após terríveis combates o sereia de guerra alcança seu objetivo encalhando na margem, não existindo outro modo de encontrar a misteriosa criatura se não caminhando pelo desconhecido.

Antes que adentrem na ilha porém, o grupo se depara com uma pequena tropa de criaturas que lembram homens lagartos, liderados por Azérax que ordena o ataque, por acreditar que os jamnares seriam visões. Após o combate, uma visão perturbadora mostra que todos os corpos dos inimigos feridos se curavam automaticamente, demorando pouco tempo para que levantassem e estivessem totalmente recuperados como se nunca tivessem sido atingidos.

A surpresa parece também perturbá-los até que compreendessem que diferente das visões que enfrentam a milhares de anos, os jamnares eram na verdade seres que ingressaram voluntariamente no Reino Distante. Azeráx revela, que todos que estão ali foram condenados por crimes cometidos contra as divindades, principalmente aqueles que tentaram a imortalidade, punidos e forçados a enfrentar seu pior medo indefinidamente morrendo e renascendo todos os dias, sem que jamais possam alcançar o descanso eterno.

A existência do grupo, de sobremaneira, dá uma esperança as almas cansadas daquelas criaturas que buscam o direito de morrer, permitindo que auxiliem os jamnares no que for possível para que saiam dali. Porém, ao ser pronunciado o nome Dulgur, todos ficam atônitos, uma vez que esta criatura em específico é o pior condenado que se encontra ali, recolhido na prisão eterna que se localiza no centro da ilha. Após muitas discussões, Azeráx resolve guia-los, prevenindo-os que no caminho poderão surgir criaturas que fazem parte do seu passado e que nunca foram vencidas por ele, chamando-os para seguí-lo mesmo acreditando que é uma insanidade ir de encontro a Dulgur, principalmente porque todos que seguiram em direção a prisão eterna tiveram um sofrimento e uma pena pior do que a dele.

Caminhando, agora em direção ao principal objetivo, Azeráx ainda suspira algumas palavras revelando que Dulgur não é o verdadeiro nome da criatura que o grupo está buscando, ingressando na misteriosa floresta e em mais um desafio que deverá ser superado pelos jamnares.

****

Paraíso, lar de todas as Divindades

A porta do aposento de Torus era aberta abruptamente. Hépoca, Turik, Kirsha e Volkien interrompiam o diálogo direcionando seus olhares em direção a ela. Diante deles, surgia Kélen, a divindade da luz junto com Parlas, Aton e Mytra. 10 poderosos servos acompanhavam as deidades portando tridentes iluminados com armaduras feitas de pó de estrela. Hépoca colocava-se a frente sem entender qual o motivo daquela interrupção incomum.

- O que significa isso Kélen ?!?! – interrogava Hépoca – Por acaso perdeu a razão ?!?! Vocês devem fora de si para ingressar nos aposentos de Torus sem que fossem convocados !!! Com que direito vocês ingressam no salão de Torus com tamanho desrespeito ?!!!

- Desrespeito Hépoca são as suas transgressões !!! – Falava Kélen - É inaceitável que durante tantos anos tenhamos acreditado em suas mentiras !!!

- Sacrilégio !!!! – interrompia Hépoca – Você me deve respeito Kélen !!!

- Cale-se !!!! Basta !!!! – gritava Kélen - Não aceitarei que essa farsa continue !!! Quem é você para falar em leis, quando é a primeira a desobedece-las !!!! Não tente me esconder, tenho provas irrefutáveis de que Hépoca, a divindade do tempo, está auxiliando a raça humana interferindo no destino dos 7 selos violando as palavras de nosso pai !!! Agora finalmente nós encontramos vocês reunidos !!! Todos traidores assim como Barus !! Não admitirei que esse disparate continue !!!!! Esse complô tem que acabar !!!

- Muito cuidado Kélen !!!! – Falava Volkien empunhando sua espada de chamas -  Suas palavras não atendem a vontade de nosso pai !!! Kindara foi a primeira a interferir !!!!! O equilíbrio é a razão de nossa existência ! Se estava omisso até o momento, não há mais razões para esconder que é necessário interferir da mesma maneira que Kindara está interferindo !!!!

- Estão cometendo um grande erro !! – interrompia Aton – Não nos interessa o que Kindara está fazendo !!! Ela está aprisionada !!! Se a balança pende para o seu lado nesse momento, talvez  essa seja exatamente a vontade de Torus !!! A raça humana é que deve enfrentar o seu destino!!! Não aceitaremos mais que Hépoca seja a porta voz de nosso pai e exigimos uma audiência imediatamente !!!

- A única audiência que terão é com meus dois machados se não calarem essas malditas bocas !!! – falava Turik empunhando suas poderosas armas.

- Você não entendem !!! – prosseguia Kélen – Nenhuma divindade pode interferir no mundo dos mortais de forma direta ! E vocês estão interferindo, pior que isso, não sabemos ao certo se realmente ainda servem a nosso pai. Hépoca, vem Falando por ele, usando o nome dele, mas finalmente descobrimos que ela nós está envenenando com suas palavras meticulosas!!! Se Torus realmente estivesse aqui e se nosso ato for de traição que ele apareça agora pessoalmente e nos puna !!!! Caso contrário, todos saberão que isso é uma farsa e sua traição é bem maior do que eu pensava !!! Desde o combate com Kindara ninguém nunca mais o viu !!!! Será que Hépoca usa o seu nome para fazer o que quer e nós divindades do panteão estamos servindo a quem não tem competência para tal encargo? Onde está Torus Hépoca?

O silêncio preenchia a sala, após alguns segundos, Kélen balançava a cabeça como se negasse alguma coisa, Mytra levantava seu dedo apontando em direção a Hépoca, concordando com as palavras de Kélen.

- Prendam-na !!!! – Levem Hépoca, Turik, Kirhsha e Volkien para a prisão celestial até que tudo seja esclarecido !!!! A revolta de algumas deidades menores se deve a vocês !!! A origem desse mal deve ser contida e não permitiremos que ninguém viole a lei da não intervenção !!!!

- Só podem estar loucos!!! – gritava Kirsha invocando duas mil adagas que cercavam o seu corpo – Mais um passo de vocês e não hesitarei em aniquilá-los !!! Nunca imaginei que meus próprios irmãos tramassem tamanha conspiração !!!
- Acalmem-se !!! – falava Hepoca em um tom mais Brando – Turik, Kirsha e Volkién, guardem suas armas isso não será necessário.

As 03 divindades apesar de hesitantes acatavam o pedido de Hépoca guardando suas armas. A deusa agora direcionava seus olhos em direção a Kélen, Mytra, Aton e Parlas que permaneciam fitando seus olhos firmemente.

- Vocês estão questionando as ordens de nosso pai... Mas não seremos nós que enfrentaremos tamanho crime. Porém, devo adverti-los que esse impulso é igual ao de Kindara... Cedo ou tarde a justiça prevalecerá e vocês serão punidos. Antes eu achava que os mortais queriam nos imitar, mas ocorre o contrário. Nos divindades estamos nos tornando cada vez mais parecidos com ele. Essa reação de vocês não deixa dúvidas de que não demorará muito para que um terrível destino caía sobre nós. Como prova de minha lealdade Mytra, não resistirei a essa ordem insana, pois um combate agora, destruiria todo o plano celestial e fortaleceria outras forças que a mente irracional de vocês ainda não conhece. Nós seguiremos até a prisão celestial até que nosso pai se pronuncie.... Isso não acontecerá agora, acontecerá quando tiver que acontecer. Eu só espero que se lembre e que tenha tempo de se arrepender para que percebam o terrível erro que estão cometendo.

- Levem-nos daqui !!!! – Prosseguia Kélen ordenando os servos de luz que se aproximavam das outras quatro divindades, Turik não compreendia as intenções de Hépoca, mas assim como ela e os demais, ele seguia os servos que os conduziria a prisão celestial. O olhos de Volkien parecia em chamas fitando os olhos de Kélen  até que finalmente deixassem o local.

– Precisamos restabelecer as leis de Torus !!! – falava Atón – Você estava certo Kélen, não tinha noção que essa conspiração chegasse a esse ponto. Nós temos o direito de sabermos a verdade.... Torus não é visto desde a batalha com Kindara e a única que supostamente tinha contato com ele era Hépoca. Se algo aconteceu com nosso pai nós somos os únicos capazes de descobrir.

- Não imagino que destino o levou daqui !!!! – respondia Kélen pensativo - Mas se ele não apareceu para nos impedir é porque estamos do lado certo !!!!, Hépoca, Turik, Kirsha e outros tem nos enganado por muito tempo, interferindo na batalha dos humanos contra os 7 selos. Eles por inúmeras vezes violaram as leis de Torus, criando uma desunião entre nós mesmos, não podemos permitir que isso continue.

- É verdade irmão ! – concordava Parlas - Barus foi um dos primeiros a violá-la reencarnando em um corpo mortal e ajudando aqueles que se auto intitulam jamnares !!! Não podemos aceitar mais um dia de violação e devemos agir o mais rápido possível.

- Não se preocupe Parlas !!!!! – falava Kélen - Nós Restabeleceremos a ordem e puniremos todos aqueles que violaram a lei de nosso pai !! Seja lá onde ele estiver enquanto não nos dirigir a palavra seguiremos sua última recomendação ! Não interferir e punir todos aqueles que interferirem.

Aton, Parlas e Mytra olhavam para seu irmão concordando com suas palavras, como se o silêncio de Torus significasse uma aprovação. A prisão de Volkien, Hepoca, Kirsha e Turik era a primeira medida para conter a revolta que iniciava entre as divindades do plano celestial, umas contra a interferência no mundo dos mortais e outras a favor. Kélen permanecia pensativo olhando para a porta que há pouco havia entrado ainda mais certo de sua decisão, virando-se em direção ao enorme colosso de Torus que desaparecia em um céu infinito:

- Precisamos descobrir onde Hépoca esconde os jamnares!!!!! – prosseguia Kélen - Essa interferência deve acabar !!!! O destino dos 7 selos deve ser resolvido entre os mortais sem que os deuses interfiram diretamente.  Eu espero contar com vocês e seus consortes nessa busca. Eles devem voltar para o plano mortal !!

- Eu descobrirei... – falava Parlas – Assim que souber cuidarei das providências.

- Obrigado irmãos !!! Conto a ajuda de vocês !!!!

- Nunca é demais cumprir as ordens de nosso pai !! – falava Aton – Me incumbirei de ordenar a prisão de outras divindades traidoras !!! Cuidarei para que esse motim acabe !!! Todos que apoiam essa interferência devem ser conduzidos à prisão celestial e grande parte dessas deidades já foram identificadas, peço licença a vocês.

- E o que faremos em relação a Barus? – perguntava Mytra – Parece que foi único que reencarnou mesmo sabendo das consequências. Todos temos ciência que quando uma divindade viola tal lei ela abdica de seu posto divino tornando-se mortal com todos os riscos inerentes a essa fraqueza. Se Gustovan for morto no plano material.... A existência de Barus será apagada do Panteão. Assim, você acha que devemos fazer algo a respeito Kélen?

- Não se preocupe Mytra, assim que os assuntos mais urgentes forem sanados, não precisaremos nos preocupar com ele. Acredito que Extórax Réx fará isso por nós.

- Que seja...

Em outro local, Hépoca e as demais divindades se aproximavam da prisão celestial. Turik olhava para a divindade em um tom de ironia, como se risse de alguma coisa.

- É um jogo perigoso Hépoca.... Espero que saiba o que está fazendo.

- Eu sempre sei Turik... Eu sempre sei...

***

Vocês alcançam um trecho da floresta obscuro e repleto de corpos em pedaços. Azeráx observa de forma atônita aquela cena grotesca, olhando atentamente para muitos deles.

- São muitos dos meus irmãos que vieram nessa direção e não retornaram. Mas não se iludam. Suas almas tiveram um destino pior.

Azeráx não tem muito tempo para prosseguir com suas palavras. 06 criaturas emergem levantando os cadáveres próximos que tem sua carne rasgada por um terrível monstro arremessando-os em meio às árvores. O sangue coagulado escorre pela enorme estrutura encurvada e construída de pedra e metal. Seus longos e pesados braços metálico quase se arrastam no chão devido a seus ombros inclinados que flanqueiam uma cabeça com feições planas. Cravos de variados tamanhos—todos cobertos de sangue seco—crescem das placas de metal em suas costas. Alguns poucos corpos permanecem empalados nos cravos, com suas bocas abertas em gritos silenciosos.

- É um coletor de cadáveres !!!! Ele nos caçará até que possamos vencê-los !!!

***

- Sinto uma terrível sensação e acho que jamais passaremos daqui... – falava Azeráx – Humpf !!! Acho que finalmente nós encontraremos aquele que aprisiona as almas mortas ! São servos do desconhecido que punem aqueles que buscam alcançar a prisão eterna.

Antes que termine, dos lados opostos da floresta, surgem dois gigantes magros, que parecem pesadamente armadurados com orelhas pontudas e pele cinzenta escura. Suas mãos terminam em garras longas amareladas, e seus rosnados revelam presas afiadas. Ele está cercado por uma névoa de vapor giratória, e observando bem, a nuvem se forma em faces atormentadas que gritam em terror e desespero.

- Por todas as divindades !!!! – Falava Azeráx - Essas terríveis criaturas são aprisionadoras de almas !!! Espero que a arte de vocês seja capaz de superar esse desafio.


Após uma longa caminhada de 16 horas, vocês se deparam com uma área completamente diferente de tudo viram até ali. No local, não há mais floresta e nenhum sinal de vida. No centro, uma enorme torre negra desaparece em uma nuvem espessa de relâmpagos. Azeráx permanece atônito como se não acreditasse ter chegado até ali.

- É a prisão eterna... Não posso imaginar o que os aguarda... Porém não posso prosseguir. Esse é o meu limite. Qualquer um que morra aqui terá sua alma aprisionada para sempre e não posso abandonar meu exército. Se der mais um passo, terei o mesmo destino daqueles que fugiram para cá. Certamente minha alma seria desfigurada tornando-me mais um prisioneiro e escravo eternos do senhor desta torre. Vocês estão imunes desse efeito e espero sinceramente que consigam alcançar esse insano objetivo.

****

- Nosso povo já foi grande e próspero, mas infelizmente o desejo de imortalidade de nosso rei nos condenou a viver para sempre nesse mundo. Porém, vocês nos deram uma nova esperança. Esse cordão – falava Azeráx arrancado-o do pescoço – é um precioso símbolo que já faz parte do nosso legado. Eu não acreditava nisso, mas quando resolvi usá-lo vocês apareceram. No momento, acredito que vocês é que precisam dele. Boa Sorte senhores ! 

****

Caríades, capital do Império.

Seeker, Émira, Sargas, Hônus e o misterioso membro estavam diante de Melchior, que permanecia pensativo. Muitas coisas haviam acontecido e desvirtuado seu plano inicial, porém algo precisava ser feito. O silêncio não demorava. A voz do poderoso mago preenchia a suntosa sala do castelo real chamando a atenção dos membros de elite:

- O que me intriga nisso tudo é o desaparecimento inexplicável dos jamnares. Para mim, foi uma surpresa maior do que a energia mágica que envolveu Torilyn, a emersão dos turianorianos na superfície e até mesmo a investida de Aurin e os demais em busca de Arya. Nada me incomoda mais do que a imprevisibilidade.

- Não discordo meu senhor... – Falava Seeker – Porém, temos que fazer algo, acredito que impedir Aurin e os outros de encontrem Arya também seja uma prioridade. Com sua ordem partiremos para o Iranistão imediatamente para aniquilá-los e em seguida nos encontramos com Arya para que possamos prosseguir com nosso plano.

- Como eu disse Seeker... Os jamnares é que são minha preocupação. De nada servirá essa interferência se algo imprevisível acontecer...

- Com todo respeito meu senhor... – falava Émira – Mas não acredito que os jamnares sejam capazes de derrotar Extoráx Réx. Ainda que possam atingí-lo isso não vai acontecer. A última vez que os vi nas ruínas da destruição eles quase sucumbiram diante de Dabókia. O prazo de Extórax Réx vai acabar e logo logo ele destruirá Torilyn por completo. Nesse momento o que vai interessar a ele é termos o coração do dragão dourado e nada mais.

- Jamais subestimem ninguém seus tolos !!! – gritava Melchior – Enfim, tenho uma idéia melhor. Já que não podemos localizá-los vamos atingí-los de outra forma. Deixem que as coisas sigam a ordem natural pois isso não nos atrapalhará. Se não podemos ir até os jamnares sei como fazer que venham até nós.

- E o que fará meu senhor? – Indagava o misterioso membro.

- Primeiro, vamos para Turan. Nós aniquilaremos todos os turianos que existem e destruiremos aquela maldita mina que eles chamam de casa ! Talvez isso mostre para Toril e Khalidaf de que jamais deveriam ter se colocado em nosso caminho. Se eles querem tanto ajudar os humanos, vamos ver se são capazes de salvar sua prória raça.

- Destruir os turianos? – indagava Émira

- Sim !! – confirmava Melchior levantando-se – Eu sei que faz muito tempo, porém é chegado o momento de Satrus sentir novamente a minha magia. Nada melhor do que usá-la aniquilando uma raça inteira !!

Todos permaneciam olhando atônitos para Melchior como se não acreditassem naquela decisão, porém o poderoso mago parecia decidido.

- Vamos !!! – falava Melchior – Só dormiremos quando Turan deixar de ser uma mina e virar um lago de sangue. Hoje, senhores, hojé é dia em que o mundo dos mortos conhecerá o poder de Melchior !!

(Melchior - O Sumo mago do sangue)

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

AVENTURA 3: MANDÍBULAS DE FOGO - JAMNARES - CAPÍTULO 06: A ÚLTIMA ESPERANÇA - PARTE 04: A ILHA SOLITÁRIA - UM TERRÍVEL SEGREDO


“Enquanto o grupo Torilyn, alcança a ilha de Dulgur, onde buscam a única forma de ultrapassarem o pântano do passado remoto e prosseguirem na terrível jornada pelo Reino Distante, no plano material, Ária, possuída pelo sladd dos pesadelos, obtém o coração de jamnar, e prepara-se para concretizar os planos de Melchior, porém, há 10 passos da saída do templo, seu corpo não responde as ordens do extraplanar, resistindo ao controle, e impedindo que saísse do local.

Na última terra livre de Castela, encontra-se Judy, Doghin, Kyra, Mikal, Andreas, Knolan, Lancelot, Kárlux e Phoenix, que reúnem-se para definir qual será a estratégia de resistência até que o grupo retorne, faltando apenas 04 dias para que o prazo dado por Extórax Réx termine, surgindo uma última esperança diante da resistência de Ária, qual seja, a de impedir que o coração de Jamnar seja entregue a Melchior.

Em outro lugar, Gustovan emerge com uma força incomum, e uma energia poderosa que circunda o seu corpo envolve Extórax Réx, que é aprisionado por quatro correntes de energia, que imediatamente são preenchidas de chamas, demonstrando que são temporariamente capazes de manter o dragão no pico de Eisenmond e revelando que aquele mortal é na verdade o avatar do Deus Barus que acabara de despertar no mundo material, violando a lei da não intervenção.

No mesmo momento, uma energia branca envolvia toda a cidade de Torilyn, tornando o local impenetrável. Todos na cidade ficavam surpresos com aquele efeito. Um vento carregado de paz soprava na medida em que seu raio era envolvido. Os controladores olhavam atônitos para aquela manifestação poderosa, e poucos pareciam compreender o que estava acontecendo, até que Phoenix erguesse seu machado para os céus e uma poderosa magia esculpisse todas as ruínas, dando um novo ânimo para aqueles que se encontravam na resistência.

Próximo a Torilyn, os 05 membros de elite do imperador Tothamon permaneciam atônitos, fazendo com que mudassem de estratégia diante da poderosa emanação que visualizaram. Seeker sente que Ária está resistindo à possessão do Sladd e que isso pode colocar em risco os planos de Melchior, direcionando-se para o Iranistão, local em que se encontra o tempo de Jamnar, no subterrâneo do castelo, aguardando novas ordens, diante do que poderia acontecer.

Na grande Mansão do burgomestre, em Torilyn todos se reúnem e decidem que um grupo deverá seguir para o Iranistão e se apossar do coração da jamnar tão logo Ária saia do templo. Antes que decidam porém,  Aurin ressurge, revelando que o exilio dos membros de elite foi temporário e de que Barus ressurgiu no mundo material através de Gustovan, com seu poder ainda completo, demonstrando que o aprisionamento de Extórax Réx será temporário.

Em tempo, Knolan, revela para o grupo, que tem um terrível pressentimento e de que um conflito divino esteja surgindo, envolvendo Volkien, Turik, Hépoca e outros deuses menores que estão do lado dos mortais contra as demais divindades e que poderá ocorrer a qualquer momento, não havendo tempo suficiente para que busquem outra solução.

Na formação do grupo, todos sentem que Aurin e Doghin tiveram seu poder diminuído gradativamente na medida em que se sacrificaram em momentos cruciais, porém isso não é capaz de afastá-los da nova missão e ambos se prontificam a fazer parte do grupo que buscará o coração de jamnar no castelo do Iranistão, sendo os demais, Judy, Mikal, Andreas, Knolan, (os dois do Khayyam e Órion), que serão os responsáveis pelo difícil resgate.

No castelo do Iranistão, o corpo de Ária caminha lentamente para a saída do templo devido a sua poderosa resistência. A luta interna de vontades prossegue e nenhum deles está disposto a se entregar. Uma nuvem negra e espessa cobre todo o Castelo Real e um vento sinistro circunda as suas paredes. Muitos dragonianos de vigília não conseguem se mover, enquanto outros correm, ao ver que a energia negra e distorcida começa a desintegrar o corpo dos mais fracos. Em pouco tempo os arredores do castelo é preenchido por uma tempestade sinistra de vozes, gritos de tormento e lamúrios de almas condenadas, demonstrando o imenso poder da criatura que habita o corpo de Ária.

Em meio aquela cena grotesca, o grupo que partiu de Torilyn surge no local mais próximo, ingressando na névoa densa, fazendo-os perceber a terrível emanação proveniente do Slaad negro aproximando-se do castelo até que finalmente alcançassem uma grande porta, com o símbolo do dragão de 03 cabeças, revelando após a sua abertura um grande salão, e um terrível Balor que surge para desafiá-los, iniciando o primeiro ‘combate no Castelo do Iranistão, que termina com a vitória do grupo.

Muitos são os desafios até que finalmente alcancem a sala que ingressa no mundo negro do Slaad, superando terríveis confrontos, desde golens de Mitrhal, Sirushs e Torciáside que são vencidos e deixados para trás, aproximando-os ainda mais de seu objetivo, que consiste em alcançar Ária, antes que abandone o templo de Jamnar.

Enquanto isso no reino distante, os jamnares rumam em direção a ilha de Dulgur, enfrentando tudo que já viram em seu passado, utilizando o sereia de guerra, navio que fora utilizada por Khalidaf, para alcançar a única possibilidade que poderá tirá-los do terrível pântano. No caminho eles se deparam com os espectros de aliados que já foram mortos, enfrentando Bonasha e os demais, não existindo nenhum meio de prosseguirem se não buscando mais uma vez a vitória.

Com mais um desafio superado, o grupo finalmente alcança a ilha solitária sem imaginarem quais dificuldades estarão esperando pelos jamnares, que não possuem nenhuma outra opção, se não a de encontrarem Dulgur e saírem o quanto antes do pântano do passado remoto.

***

(Azeráx - o líder do pequeno regimento)

Um som de trombeta soa no ar espalhando-se por essa área do pântano. O barulho de galhos quebrando pode ser ouvido 15 criaturas de porte grande surgem a frente na estrada. São répteis fortemente musculoso, de 3 m de altura. Seus olhos são profundos e uma abertura de nariz achatada, dando a sua face a aparência de uma caveira. Suas escamas são negras, com uma crista de couro que vai de cima da sua cabeça até a metade de suas costas.

- Devem ser aqueles malditos espectros !!!! Não podemos permitir que nos aniquile !!! Vamos acabar com eles !!!! – A voz vinha de outra criatura semelhante que possuía uma armadura de porte superior.


- Sua ordem é nossa vida senhor Ázerax !!!! Somos incansáveis !!! Lutaremos até que possamos alcançar nossa liberdade !!! – Todos gritavam e partiam para o ataque, que iniciava de forma massiva. A voz do homem lagarto era ouvida mais uma vez, porém o barulho do combate tornava quase impossível escutá-la.

***

O terrível combate termina com a morte de todos os inimigos em campo. Vocês não são capazes de imaginar de onde vieram essas criaturas. Porém antes que possam dar mais um passo, vocês percebem que os corpos esvaídos em sangue e completamente feridos começam a se mexer. Sua visão é preenchida por uma imagem inacreditável, todos os homens lagartos em menos de segundos tem seus ferimentos curados como se jamais tivessem sido atingidos. A vida retoma aos seus corpos e Azérax, o líder é o primeiro a se levantar. A surpresa dele não é maior que a de vocês. Ele permanece parado, como se não compreendesse os motivos de ainda estarem ali e antes que possam dizer algo todos aqueles que foram vencidos se encontram de pé:

- Mas isso não é possível... – murmurava Azeráx  - Quem são vocês ?!?!?! Eu não compreendo!!! Assim como todos os outros não eram para estarem aqui ! Sempre quando morremos é como se o dia se reiniciasse... Essa é nossa pena eterna !!! Nosso objetivo é vencê-los, é nossa única redenção... Mas essa é a primeira vez que morremos e acordamos com vocês aqui !!!! O que está acontecendo?? Vamos nos explique !!!

***

- Humpf !! – murmurava Azeráx – Nunca imaginei que mortais pudessem ingressar em um lugar tão inóspito de forma voluntária. Infelizmente não tivemos a mesma sorte de vocês. Todos que são mandados para o reino distante e para essa ilha é porque de algum modo devem cumprir uma pena eterna por algum crime que cometeram contra as divindades, principalmente quando os criminoso buscam algo proibidos aos mortais, o desejo de viver para sempre. Fomos amaldiçoados com a imortalidade e durante milhares de anos nós lutamos diariamente buscando vencer nossos piores medos. Nossas almas foram condenadas e não temos o direito de morrer. Todos os dias nós lutamos incansavelmente sentindo as dores do combate para ao final acordamos novamente e eternamente lutarmos por nenhuma causa. Em decorrência disso, criamos a ilusão de que se vencermos poderemos nos libertar. Porém nossas almas já estão calejadas e o que mais desejamos agora é ter o direito de morrer. Mas hoje foi diferente de todas as outras batalhas que já enfrentamos, pois vocês, permaneceram aqui e se fossem visões já não estariam diante dos nossos olhos. Isso significa que ainda existem esperanças de deixarmos esse lugar terrível. E estamos dispostos a fazer qualquer coisa para ajuda-los. Seja lá o que buscam, faremos o que for preciso para deixar esse mundo. Tudo que queremos é apenas morrer....

***

Todos os homens lagartos mudam o seu semblante ao ouvir a palavra “Dulgur”. Alguns conversam entre si em um idioma antigo impossível de compreender até que Azeráx se dirigisse a vocês com uma voz trêmula e completamente diferente da tonalidade que antes foi expressada:

- Dulgur.... Vocês só podem estar loucos !!! Ninguém se aproxima daquela prisão. Muitos de nossos irmãos que foram para lá nunca mais voltaram !!! Se tentarem tamanha insensatez talvez nunca mais deixem esse lugar. Evitem a todo custo se aproximarem daquela prisão ou serão punidos como Dulgur !!! Desistam dessa ideia insana. Ele está preso naquele lugar e ninguém poderá libertá-lo. Nem mesmo vocês !!!

****

- Dulgur foi um homem que chegou aqui há muito tempo. E talvez seja aquele que cumpre a pior pena. Não sei muito sobre o seu passado e como eu disse, todos que buscam a imortalidade no plano material são punidos e mandados para cá. Porém ele, deve ter tentado algo pior, pois todos sabem que aquela prisão é pior que o inferno de Kindara. Muitos de nossos irmãos por não aguentarem morrer e reviver todos os dias foram para lá. E por inúmeras vezes tive visões terríveis do sofrimento deles. É um lugar onde a alma chora eternamente e onde a dor é constante. Não sei por qual motivos buscam esse homem. Mas se forem para lá estarão cometendo um grande erro. Talvez condenando suas almas para todo e sempre. Hoje nós nos reunimos a esse pequeno exército mas já fomos muitos. Não cometam o mesmo erro de nossos irmãos. Desistam dessa idéia ou jamais poderão sair daqui.

****

- Bem... Como eu disse, farei o que for possível para ajuda-los em troca do direito de morrer. Se após muitos anos finalmente temos um sentido não vejo porque não guia-los até lá. Me acompanhem. Eu os levarei até a Prisão Eterna. Que as divindades tenham piedade de suas almas.

Azeráx olha para o seus homens falando um idioma desconhecido. Eles permanecem parados como se acatassem alguma ordem. Nenhum deles parece seguí-los e não há dúvidas de que o misterioso homem lagarto tenha ordenado que ficassem. Guardando sua espada e apoiando seu escudo nas costas, Azeráx dava um passo a frente, respirando profundamente antes que falasse:

- Vamos !!! Temos pouco tempo.... Torço para que por detrás de tamanha loucura exista alguma razão. Fiquem atentos. As visões que nos perseguem podem nos atacar.

Vocês seguem Azeráx pela misteriosa floresta. A prisão eterna é  o próximo objetivo. Não há outra opção se não a de encontrar Dulgur e deixar de uma vez por todas o terrível pântano do passado remoto, porém antes que o misterioso homem lagarto finalmente se calasse sua voz em tom irônico ainda deixava escapar:

- Dulgur... É uma pena que esse não seja o seu verdadeiro nome....

( A Prisão eterna na Ilha Solitária)

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

AVENTURA ÉPICA: VONTADE CELESTIAL - CAPÍTULO 02: O CASTELO DA ESCURIDÃO


“Enquanto o grupo Torilyn, alcança a ilha de Dulgur, onde buscam a única forma de ultrapassarem o pântano do passado remoto e prosseguirem na terrível jornada pelo Reino Distante, no plano material, Ária, possuída pelo sladd dos pesadelos, obtém o coração de jamnar, e prepara-se para concretizar os planos de Melchior, porém, há 10 passos da saída do templo, seu corpo não responde as ordens do extraplanar, resistindo ao controle, e impedindo que saísse do local.

Na última terra livre de Castela, encontra-se Judy, Doghin, Kyra, Mikal, Andreas, Knolan, Lancelot, Kárlux e Phoenix, que reúnem-se para definir qual será a estratégia de resistência até que o grupo retorne, faltando apenas 04 dias para que o prazo dado por Extórax Réx termine, surgindo uma última esperança diante da resistência de Ária, qual seja, a de impedir que o coração de Jamnar seja entregue a Melchior.

Em outro lugar, Gustovan emerge com uma força incomum, e uma energia poderosa que circunda o seu corpo envolve Extórax Réx, que é aprisionado por quatro correntes de energia, que imediatamente são preenchidas de chamas tão fortes como o sol, demonstrando que são temporariamente capazes de manter o dragão no pico de Eisenmond e revelando que aquele mortal é na verdade o avatar do Deus Barus que acabara de despertar no mundo material, violando a lei da não intervenção de Torus.

No mesmo momento, uma energia branca envolvia toda a cidade de Torilyn, tornando o local impenetrável. Todos na cidade ficavam surpresos com aquele efeito. Um vento carregado de paz soprava na medida em que seu raio era envolvido. Os controladores olhavam atônitos para aquela manifestação poderosa, e poucos pareciam compreender o que estava acontecendo, até que Phoenix erguesse seu machado para os céus e uma poderosa magia esculpisse todas as ruínas, dando um novo ânimo para aqueles que se encontravam na resistência.

Próximo a Torilyn, os 05 membros de elite do imperador Tothamon permaneciam atônitos, fazendo com que mudassem de estratégia diante da poderosa emanação que visualizaram. Seeker sente que Ária está resistindo à possessão do Sladd e que isso pode colocar em risco os planos de Melchior, direcionando-se para o Iranistão, local em que se encontra o tempo de Jamnar, no subterrâneo do castelo, aguardando novas ordens, diante do que poderia acontecer.

Na grande Mansão do burgomestre, em Torilyn todos se reúnem e decidem que um grupo deverá seguir para o Iranistão e se apossar do coração da jamnar tão logo Ária saia do templo. Antes que decidam porém,  Aurin ressurge, revelando que o exilio dos membros de elite foi temporário e de que Barus ressurgiu no mundo material através de Gustovan, com seu poder ainda completo, demonstrando que o aprisionamento de Extórax Réx será temporário. 


Em tempo, Knolan, revela para o grupo, que tem um terrível pressentimento e de que um conflito divino esteja surgindo, envolvendo Volkien, Turik, Hépoca e outros deuses menores que estão do lado dos mortais contra as demais divindades e que poderá ocorrer a qualquer momento, não havendo tempo suficiente para que busquem outra solução.

Na formação do grupo, todos sentem que Aurin e Doghin tiveram seu poder diminuído gradativamente na medida em que se sacrificaram em momentos cruciais, porém isso não é capaz de afastá-los da nova missão e ambos se prontificam a fazer parte do grupo que buscará o coração de jamnar no castelo do Iranistão, sendo os demais, Judy, Mikal, Andreas, Knolan, que serão os responsáveis pelo difícil resgate.

No castelo do Iranistão, o corpo de Ária caminha lentamente para a saída do templo devido a sua poderosa resistência. A luta interna de vontades prossegue e nenhum deles está disposto a se entregar. Uma nuvem negra e espessa cobre todo o Castelo Real e um vento sinistro circunda as suas paredes. Muitos dragonianos de vigília não conseguem se mover, enquanto outros correm, ao ver que a energia negra e distorcida começa a desintegrar o corpo dos mais fracos. Em pouco tempo os arredores do castelo é preenchido por uma tempestade sinistra de vozes, gritos de tormento e lamúrios de almas condenadas, demonstrando o imenso poder da criatura que habita o corpo de Ária.

Em meio aquela cena grotesca, o grupo surge no local mais próximo, ingressando na névoa densa, fazendo-os perceber a terrível emanação proveniente do Slaad negro aproximando-se do castelo até que finalmente alcançassem uma grande porta, com o símbolo do dragão de 03 cabeças, revelando após a sua abertura um grande salão, e um terrível Balor que surge para desafiá-los, iniciando o primeiro combate no Castelo do Iranistão, que termina com a vitória do grupo.


Os perigos de um castelo envolto de escuridão apenas começaram e na sala seguinte mais um desafio surge. Antes que entendam o terrível enigma que há na porta que conduz a outra sala, 03 poderosos golens de Eisenmond emergem, e a única forma de prosseguirem é aniquilando as criaturas que não parecem tão simples como o lorde das profundezas que há pouco foi derrotado.”

[...]


“C” – A ANTE CÂMARA

“Um tapete grosso e felpudo recobre o piso e assim como na sala anterior, os restos de dragonianos que vigiavam esta sala permanecem espalhados pelo chão. No meio da sala há uma pequena mesa, com algumas cadeiras, provavelmente utilizadas por visitantes. Muitas cortinas enfeitam as paredes ainda que estejam deterioradas pelo tempo. Mikal e Andreas, ainda se recordam deste lugar e devem lamentar pela situação de abandono que o Castelo Real se encontra. Em três cantos, dos quatro desta sala, há três estátuas que retratam um guerreiro do Iranistão. Ambas são compostas de metal prateado. Além delas, na porta que dá acesso a sala seguinte existem 3 orifícios, cada um posicionado no olho de uma das 03 cabeças de Tomahank, o fato mais estranho é que o símbolo está de cabeça para baixo.

“D” – SALA DE AUDIÊNCIA

“Este aposento é uma combinação de sala de audiência e museu. Um grande torno de rocha negra jaz sobre uma plataforma entre os últimos pilares ao norte, virado para o sul. Em toda a sala, há suportes para armas, vitrines e pedestais, ostentando os resquícios de uma coleção de armas. Muito dos itens estão ausentes e algumas das vitrines estão quebradas ou derrubadas no assoalho. Duas portas revelam ainda caminhos opostos um do outro.”

[...]

Vocês olham para cima buscando algum modo de deixarem este local. É quando uma visão perturbadora surge diante de seus olhos. O teto está envolto de um casulo multicolorido e a única parte livre possui um espelho que imediatamente brilha em sua direção. O espesso muco se rompe revelando um terrível inseto que lembra uma barata extremamente compacta e absurdamente grande. Eles se deslocam rapidamente com suas quatro patas traseiras mantendo as duas dianteiras levantadas. 10 delas partem imediatamente para cima de vocês. Porém, esse não parece o único problema. Ao parar de brilhar o espelho parece puxá-los revelando o terrível desafio que deverá ser superado.

[...]

(Tervus)

“- Não sei porque estou fazendo isso ! Mas espero que lembrem de que avisei das consequências. Abram caminho ao rei !!! – gritava Tervus – Sua graça pede uma nobre passagem !!

A porta de pedra abria-se derrubando a poeira revelando uma escuridão mórbida, uma voz sussurrada ecoava por todo o ambiente junto a uma brisa sinistra. As tochas que iluminam este ambiente são imediatamente apagadas e toda a sala é envolta de uma terrível emanação de mal. Um cheiro de sangue podre infesta a sala rapidamente. Tervus recua alguns passos para trás tão amedrontado como antes.

- Eu avisei !!! – murmurava Tervus – Mas é tarde demais !!!! Todos seremos mortos !!!

FIM DA SESSÃO

domingo, 20 de abril de 2014

AVENTURA ÉPICA: VONTADE CELESTIAL - CAPÍTULO 01: A RESISTÊNCIA DE ÁRIA




 “O grupo Torilyn, alcança a ilha de Dulgur, onde buscam a única forma de ultrapassarem o pântano do passado remoto e prosseguirem na terrível jornada pelo Reino Distante. Durante o percurso eles enfrentam outras criaturas, inclusive seus antigos aliados que se tornaram espectros perdidos no lago da desolação, porém, nada é capaz de impedi-los, o navio do passado de Khalidaf, o sereia de guerra, aporta, e a ilha solitária torna-se o próximo desafio dos jamnares.

Enquanto isso, no plano material, Ária, possuída pelo sladd dos pesadelos, obtém o coração de jamnar, e prepara-se para concretizar os planos de Melchior, porém, a 10 passos da saída do templo, seu corpo não responde as ordens do extraplanar, resistindo ao controle, e impedindo que saísse do local. Uma guerra interna de vontades se inicia, e a garota resiste ferozmente à possessão fazendo surgir uma nova esperança para Torilyn.

Na última terra livre de Castela, encontra-se Judy, Doghin, Kyra, Mikal, Andreas, Knolan, Lancelot, Kárlux e Phoenix, que juntam-se para resistir as investidas do império que podem acontecer em qualquer momento. Os membros de elite, agora unidos, já partiram em direção da cidade, após a última vitória dos controladores, contra as forças de Yugoloths. Os sobreviventes de Monrad, Terube e de Torilyn, permanecem atônitos, diante das ruínas que sobraram da cidade, aguardando que o próximo ataque possa acontecer.

Nesse caos instaurado, não se tem notícias de Gustovan desde que foi sequestrado por Extórax Réx há 26 dias, faltando apenas 04 dias para que se esgote o prazo e o terrível dragão vermelho espalhe a sua onda de destruição. Porém, tudo poderá mudar diante da resistência de Ária, cabendo aos aliados dos jamnares, a responsabilidade de garantir a sobrevivência do ultimo povo livre de Castela, e mais do que isso, impedir que as investidas de Tothamon sejam neutralizadas até que eles retornem. 

Uma esperança surgia diante de tantas fatalidades, uma luz na escuridão trazia de volta a alegria que já parecia morta no coração de todos, apesar de tudo a única jamnar presente no plano material, também colaborava para a vitória de Torilyn, logo logo e em pouco tempo um novo desafio surgiria para aqueles que ainda resistem.”  

***


Gustovan abria os olhos rapidamente, o sangue escorria de sua testa e o cansaço preenchia o seu corpo por completo, porém, a dor parecia ser tomada por um sorriso irônico, que despertava Extórax Réx incomodando sua ansiedade.

- Tolo ! Parece que seus planos não esperavam por isso !! – gritava Gustovan.

- Cale-se Velho !!!!! É de me espantar que ainda seja capaz de sentir alguma coisa nesse estado decrépito !!! Melchior saberá o que fazer !!! Ária não será uma preocupação!!! O prazo de Torilyn está esgotando e eu caçarei um a um até que estejam todos mortos e você será o primeiro !!!

- Humpf ! Parece que o tempo fossilizou a sua mente ! Saiba que ainda existe uma jamnar !!! Ela resistirá até o final !!! E eu !!! Eu também resistirei !!!!!

Uma energia poderosa circunda o corpo de Gustovan. Toda a sala é iluminada por uma luz branca que se espalha por todos os lados. No alto da montanha de Eisenmond todos podem averiguar uma luz que se direciona para o céu. Gradativamente sua intensidade vai diminuindo até que Extórax Réx perceba quatro correntes de energia segurando seus membros. O dragão ri vigorosamente como se fosse capaz de quebra-las com um piscar de olhos.

- Acha que pode me aprisionar ?!?! Sua magia não me assusta velho !!! Sou um dragão deus !!!!! Ninguém, nem mesmo Jamnar, são páreos para mim !!!!!

O dragão fazia uma força descomunal, porém as correntes de energia se mantinham firmes. Uma tentativa seguida da outra enfureciam ainda mais a criatura, demonstrando que a magia de Gustovan, não era comum e bem mais poderosa do que lhe parecia.

- Admito !!! – falava Gustovan – Não posso enfrentá-lo !!! Mas posso segurá-lo !!! Você não sairá daqui Extórax Réx e enquanto puder a última cidade livre de Castela se manterá de pé !!! Ainda que morra por isso, serei honrado pelos jamnares quando voltarem para este mundo !! Se temos um prazo, saiba que o seu também está se esgotando dragão miserável !!!

- Isso é impossível !!!! – Urrava o dragão em fúria – Quando um velho decrépito a beira da morte obteve tamanho poder ?!?!?! Eu me libertarei seu maldito !!!! Isso é apenas uma questão de tempo !!!!!!

As chamas de Extórax Réx envolviam as correntes de energia que o mantinha preso, queimando como o próprio sol. Todo o ambiente se via em fogo. As grades que mantinha Gustovan preso derretiam e escorriam como água nas rochas. Ambos ficavam frente a frente em voltos de um turbilhão de fogo e energia, porém Gustovan resistia com um poder que crescia gradativamente resistindo as investidas do dragão.

- Vou lhe mostrar o que este velho ainda é capaz de fazer seu dragão tolo !!! Eu sou Gustovan, para os mortais!!! O líder dos jamnares !!! Rei de Torilyn !!! Pra você, eu sou a reencarnação de Barus !! Deveria ter me matado quando podia !!!

- Barus ?!?!!? – murmurava Extórax – Não pode ser....


 
Uma energia branca envolvia toda a cidade de Torilyn, as criaturas próximas se afastavam, tornando o local impenetrável. Todos na cidade ficavam surpresos com aquele efeito. Um vento carregado de paz soprava na medida em que seu raio era envolvido. Os controladores olhavam atônitos para aquela manifestação poderosa, e poucos pareciam compreender o que estava acontecendo. Passado alguns segundos a energia permanecia ativa circulando todas as ruínas de Torilyn. A voz carregada de Phoenix chamava a atenção de quem estava próximo, ele levantava seu machado para os céus e proclamava:

- Não temam este poder !!! Ainda temos esperanças !!! É chegado o momento de resistirmos até que os jamnares retornem. Se somos dignos dessa proteção divina não podemos deixar de acreditar que venceremos !!! É hora de todos reconstruírem o otimismo dentro de si ! As feridas foram feitas para cicatrizarem e para nos lembrar de que fomos capazes de superá-la !! Você devem reacender os seus corações !!! Das ruínas renascerá a glória !!! E eu mostrarei que isso é possível.

Phoenix batia seu martelo no chão que emitia um brilho incomum, todas as estruturas de pedras e ruínas se refaziam instantaneamente. Uma poderosa magia esculpia tudo aquilo que havia sido derrubado por Extórax réx. Tijolo por tijolo, era se como as construções ganhassem vida própria e se refizessem. A arte turianoriana era observada por todos, que não pareciam acreditar em que seus olhos viam. Uma muralha de rochas emergia cercando a cidade e em pouco tempo o que era ruína havia se tornado a cidade mais majestosa e imponente do reino de Castela, tudo parecia novo, como se nunca tivesse conhecido o chão.

- Não posso fazer o mesmo com vocês !! – Gritava Phoenix – Mas cada um pode fazer isso por si !!!! Avante Torilyn ! Ainda que tenham que cair seremos os últimos !!!

Todos gritavam em um som de vitória como se o mal tivesse caído. Phoenix saia do local em direção aos membros de elite da cidade que os aguardava. Gygax permanecia no comando junto a uma tropa de turianorianos que se distribuíam por outros postos. A esperança havia renascido e a resistência de Ária já começava a render frutos.

EM OUTRO LOCAL...

Os 05 membros de elite permaneciam atônitos próximo a Torilyn. A energia que circundava a cidade era observada assim como a magnifica magia utilizada por Phoenix em sua reconstrução. A luz que havia sido emanada de Eisenmond permanecia acesa e brilhante. Antes que prosseguissem, Seeker, interrompia o pensamento de todos.

- Maldição... Parece que Ária está resistindo à possessão do Sladd dos pesadelos... Ainda não identifiquei quem ou o que invocou essa proteção, mas com certeza, essa energia não é deste mundo. Ela apareceu subitamente, como se estive latente, e acredito que não durará muito tempo....

-  Estão tentando nos distrair? – falava Émira

- Sinto que estamos no lugar errado !!! Devemos seguir para o Iranistão e assegurar que o coração de Jamnar estará em nossas mãos ! Não podemos permitir que qualquer outra criatura se aposse dele.

- Mas isso será de encontro às ordens de Melchior Seeker... – falava o 5º membro de elite. – É melhor aguardarmos as novas ordens, para que possamos entender o que está acontecendo....

- Concordo ! – falava Hônus – Não podemos nos basear em suposições ! O imperador não suportará nenhuma falha ! É melhor aguardarmos ! Com certeza Melchior deve ter sentido o que nós sentimos ! Não demorará para que recebamos alguma mensagem.

- Que seja então !! - falava Seeker pensativo - Mas devemos ter cautela, apesar dos jamnares terem desaparecido, ainda existem aliados do mesmo nível de Aurín ! Não devemos subestimá-los. Seja lá o que vão fazer, devemos ficar de olho e se necessário aniquilá-los na primeira oportunidade!
  

***

- Ainda há uma jamnar no plano material e tenho certeza que nós subestimamos o seu poder. Diferente dos demais que possuem habilidade em batalha, a força de resistência de Aria demonstra que ela também está lutando por nós. Não podemos perder tempo ! A energia que nos protege é temporária e Gustovan não aguentará por muitos dias. Poucos passos distanciam o Slaad da saída do templo de jamnar e quando isso acontecer sabemos que Extórax Réx terá acesso a um poder ilimitado. Porém, acredito que este seja nosso desígnio, devemos seguir imediatamente para o Iranistão e adentrarmos no castelo real para que possamos alcançar o templo de jamnar que está abaixo dessa estrutura e assim que ela cruzar a linha entre o templo e o castelo estarmos prontos para pegarmos o coração de Jamnar que estará em suas mãos. Creio que não será algo fácil, não posso imaginar que lacaios servem ao Slaad negro e que tipo de perigo nos ameaçará, porém, não podemos ficar aqui parados. Dentre nós devemos escolher quais serão aqueles que estão dispostos a participar dessa difícil missão. Sei que todos aqui gostariam de fazer parte deste grupo, porém devemos assegurar que outro grupo ficará aqui para manter a resistência de Torilyn. Não sabemos por quanto tempo ficaremos protegidos e devemos estar prontos no momento em que essa proteção terminar. Quem de vocês está disposto?

***


- Creio que não podemos perder tempo em confrontos inúteis. Acredito ser possível seguirmos até a entrada do Castelo Real e de imediato buscarmos por Ária. Como já disse, o local está contaminado pela presença de um Slaad Negro e não posso imaginar que perigo estará nos ameaçando ! Porém, confiamos nos poderes de cada um aqui e sei que voltarão vitoriosos dessa difícil missão.
  
***

CASTELO DO IRANISTÃO
TEMPLO DE JAMNAR


 O corpo de Ária caminha lentamente para a saída do templo devido a sua poderosa resistência. A luta interna de vontades prossegue e nenhum deles está disposto a se entregar. Uma nuvem negra e espessa cobre todo o Castelo Real e um vento sinistro circunda as suas paredes. Muitos dragonianos de vigília não conseguem se mover, enquanto outros correm, ao ver que a energia negra e distorcida começa a desintegrar o corpo dos mais fracos. Em pouco tempo os arredores do castelo é preenchido por uma tempestade sinistra de vozes, gritos de tormento e lamúrios de almas condenadas, demonstrando o imenso poder da criatura que habita o corpo de Ária.

- Corram !!! – gritava um soldado – Aqui não é seguro !!!! Procurem o general !!! Estamos sob ataque !!!

Muitos dragonianos confusos corriam afastando-se do Castelo que permanecia envolvido com uma energia negra e carregada. Não muito distante, Esíad, o general maior, observava a tudo, porém, não era capaz de compreender o que estava acontecendo.

- Devemos avisar o alto posto imediatamente ! – falava Esíad – Melchior deverá saber que o Castelo Real está envolto de uma energia densa e misteriosa e que podemos estar sob ataque. Mande os homens recuarem e não adentrarem na nuvem de destruição ou todos serão mortos !

Os dragonianos afastam-se do castelo, permanecendo em seu redor e bem próximo dali, em um beco escuro, os membros de elite de Torilyn silenciosamente acabam de chegar. O ambiente de surpresa pode ser sentido e não demora para que vocês percebam a terrível energia que cerca o castelo real.


“A” – ENTRADA (NE 19)

“Vocês ingressam na névoa densa, porém não são afetados por seus efeitos. Um turbilhão de vozes e murmúrios podem ser ouvidos e vão reduzindo gradativamente na medida em que se aprofundam por este caminho. Corpos de dragonianos podem ser avistados completamente desintegrados fazendo-os perceber a terrível emanação proveniente do Slaad negro. Curiosamente, na medida em que se aproximam do castelo a energia vai diminuindo, tornando, o ambiente visivelmente normal,  até que finalmente, surja uma grande porta diante de uma entrada. Ela é lisa e polida de aço, refletindo a luz como um espelho. Não há maçaneta visível, nem dobradiças. Na lateral, vocês podem perceber o turbilhão de energia negra que continua emanando, demonstrando que essa provavelmente é a única entrada possível.”


“B” – O GRANDE SALÃO

“O grande salão é exuberantemente decorado. As duas paredes maiores são adornadas com frisos que representam uma enorme cidade. Belos homens e mulheres utilizando roupas coloridas, ouro e joias, em abundância passeiam pelas ruas dessa estranha cidade; ao fundo um grande palácio ergue-se no horizonte. Sua arquitetura lembra uma cidade antiga. As pessoas parecem felizes de algum um tempo próspero, provavelmente quando o Iranistão ainda estava livre do julgo de Tomahank. Alguns corpos de dragonianos completamente desintegrados permanecem no chão, provavelmente vítimas da terrível emanação do slaad negro. Não há mais nada, além da porta do lado esquerdo do aposento, feita de ouro, com maçanetas de prata.”
  

***

“Antes que a porta seja aberta uma aura negra de poder seguida de um cheiro podre de enxofre preenche todo o ambiente. Uma energia poderosa de mal é repentinamente sentida por vocês neste aposento. Em meio a densa nuvem de fogo que gradativamente se reduz surge um humanóide enorme que urra em direção a vocês. Ele possui imensas asas de morcego e chamas violentas que dança sobre a sua pele. Em uma de suas grande mãos, dotadas de garras, a criatura empunha uma espada que parece ser afiada o bastante para cortar até mesmo uma alma ao meio. Na outra mão, um chicote ardente, permanece trepidando através de uma chama infernal.

- Não podem entrar !!!! Sou o sentinela desta sala !! Os invasores devem ser aniquilados !! Não permitirei que prossigam !!! Até que o coração de Jamnar esteja nas mãos de Melchior, nada e ninguém podem entrar no Castelo de Tomahank !!!”

  

“C” – A ANTE CÂMARA

“Um tapete grosso e felpudo recobre o piso e assim como na sala anterior, os restos de dragonianos que vigiavam esta sala permanecem espalhados pelo chão. No meio da sala há uma pequena mesa, com algumas cadeiras, provavelmente utilizadas por visitantes. Muitas cortinas enfeitam as paredes ainda que estejam deterioradas pelo tempo. Mikal e Andreas, ainda se recordam deste lugar e devem lamentar pela situação de abandono que o Castelo Real se encontra. Em três cantos, dos quatro desta sala, há três estátuas que retratam um guerreiro do Iranistão. Ambas são compostas de metal prateado. Além delas, na porta que dá acesso a sala seguinte existem 3 orifícios, cada um posicionado no olho de uma das 03 cabeças de Tomahank, o fato mais estranho é que o símbolo está de cabeça para baixo.