“A terrível
travessia na floresta dos espíritos prossegue. Esvaídos, cansados e quase sem
forças, o grupo Torilyn permanece insistente em alcançar as ruínas da
destruição. Após enfrentar o Solamith, e atravessarem a margem do plano
material no rio da morte, o grupo é surpreendido pelo desaparecimento de Doghin
que lutava na outra margem. O único recurso é confiar no guardião Argos, que
passa a guiar seus aliados pelos confusos caminhos da floresta.
Enquanto isso,
em Torilyn, Gustovan faz revelações acerca de Einsemond e Eisenkern, afirmando
que o verdadeiro inimigo, chamado de Melchior, ainda não se revelou, alertando
Judy sobre os 7 selos de Kindara, e de que 5 já foram quebrados, nas regiões de
Lombarda, Zamora, Estigia, Iranistão e Lorena, restando Castela e um sétimo
reino ainda desconhecido, que são os próximos a serem atacados pelos membros de
elite do imperador.
Suas palavras
surpreendem Judy, principalmente quando fatos acontecidos em um passado remoto
passam a ter correspondência com os fatos atuais. Algo como Kindara e as
divindades exiladas, e a tentativa de se manter o equilíbrio no mundo, remetem
a uma responsabilidade de proporções ilimitadas muito além da capacidade de
qualquer um que exista em Torilyn.
A conversa é
suspensa, quando a porta é aberta pelo misterioso clérigo que anuncia a
presença do rei de Terube e Monrad que finalmente atendem ao chamado de
Gustovan feito muito antes do grupo investigar as minas de Eisenmond. A
presença dos Dragans é um ameaça real, e há cada segundo que passa, mais os
reinos de Castela se sentem expostos ao terrível mal que surgirá após os dois
próximos tremores.
Na floresta, outros
confrontos surgem, forçando o grupo já exausto a lutar sem energias. Um grupo
de fogo fátuo é o novo desafio que deverão superar para que consigam prosseguir
no caminho. Khalidaf, Razzi, Abimes, Argos, Hastur, Toril e Anglyn estão
próximos da ruína da destruição, mas alguns passos e finalmente deixarão a
terrível floresta dos espíritos para trás.
*******
“Um grupo de 7
Fogo fátuo está diante da estrada. Um rosto deformado, que lembra uma aberração
está em volto de luminescência avermelhada e não há outro modo de prosseguir se
não vencendo as terríveis criaturas. As faces se viram em direção a vocês,
murmurando em um som vibrante e fantasmagórico:
- Huhuhuhu... Os
tolos caminharam até aqui para nos alimentarem...
- Deixe que
venham... O alimento tem um gosto melhor quando esperneia antes de morrer...”
Enquanto isso em
Torilyn...
- Acho que estão
um pouco atrasados... – falava Gustovan – Quase me convenci que Tukálon, rei de
Monrad e Kraversus rei de Terube, não existissem...
- Temos
desentendimentos antigos Gustovan ! Isso é público e notório ! – falava Tukálon
– Monrad, Terube e Torilyn nunca chegaram em um consenso, Castela é um dos
poucos reinos que não tem capital, e essa discussão acabou nos afastando.
- Somos uma
família ! – falava Kraversus – Famílias brigam e se desentendem, e quando se
menos espera, estão juntos de novo.
(Tukálon - Rei de Monrad)
- Ou não... –
desabafava Gustovan – Existem alguns familiares que preferimos estar distante
durante a vida toda e quem sabe na próxima.
- Mas não somos
esse tipo de familiares Gustovan ! – retrucava Tukálon – Nós precisamos de
Torilyn e tenho certeza que precisam de nós ! Diante de tudo que nos contou,
uma ameaça iminente está prestes a surgir, temos excelentes conjuradores,
guerreiros e uma tropa capaz de lutar até o último oxigênio, será um prazer
conhecer sua tropa de elite e esperamos sair daqui hoje com um acordo e uma
aliança que nos torne mais forte. Fomos jovens e lutamos um dia Gustovan !
Esses tempos de Glória dependem de nossa união.
- Eu lhes
designei uma missão...
- Nesses tempos
!? – perguntava Kraversus – Há qualquer momenta poderá precisar deles ! Para
onde os mandou !?
- Eu os enviei
para a Ruína da Destruição... – Os dois reis faziam uma expressão de espanto
como se não acreditassem naquilo, antes que falassem alguma coisa Gustovan
prosseguia – Sei que é loucura, e tenho total noção de que os Dragans em sua
maior parte, protegem aquela Ruínas, pois Eisenkern está lá. O resgate desta
pedra é o único meio de impedir uma guerra.
- Eles jamais
chegarão lá !! – falava Tukálon – Todos os acessos para as ruínas são bem vigiados.
Não posso acreditar que tenha tomado uma decisão tão absurda !
- Não seja tão
ávido Tukálon !! Eles seguem um caminho que nenhum um dragan será capaz de
enxergar. Há alguns dias seguiram para a floresta dos espíritos e desde então deposito
minhas esperanças no retorno deles.
- Vocês os matou
!! – murmurava Kraversus – Como é capaz de mandar seu grupo de elite para
aquele lugar ?!
- Eu só os
mandei porque são meu grupo de elite ! – afirmava Gustovan. Tukálon permanecia
pensativo, enquanto Kraversus controvertido. – De qualquer maneira temos uma
aliança ! Mas peço que acreditem neles e aguardem meu retorno. Se temos a
chance de impedir uma guerra e evitar que tanto sangue seja derramado, não
podemos queimar essa última esperança.
- Tem a minha
confiança Gustovan ! – falava Tukálon – Duvidei antes de você... Não tenho mais
o direito de duvidar. Esperarei o seu sinal !
- Espero que me
convençam ! – falava Kraversus – Temos uma aliança então ! Deixemos as
diferenças para trás !
- Temos um nome
?! – Perguntava Tukálon.
(Kraversus - Rei de Terube)
- Chamarei de a
ordem dos três ! – falava Gustovan – Enquanto essa aliança existir nós
resistiremos !
E inacreditável
mas aquilo que está diante dos seus olhos, é o poço das almas não nascidas. Um
manancial de almas pré encarnadas, que ainda não renasceram. Sua aparência está
distorcida e isso demonstra que algo não está certo.
********
As pedras no
poço possuem diversas frases no idioma das divindades impossível de ser
decifrado. Espirítos adormecidos flutuam ao redor da luz branca que sai do
poço. Curiosamente, em algumas, faltam partes do corpo.
“As almas dos
não nascidos não sofrem influência das divindades...”
(Cathezar - A agente de Aameul)
“Um grande
demônio aparece no ar e ataca. A criatura, da cintura para baixo, parece como
uma serpente gigante com escamas verdes, e como uma humana acima da cintura.
Ela tem seis braços, todo com correntes enrroladas e animadas, cheias de
farpas. As correntes servem de armadura e escudo:
- Vocês já foram
longe demais !! Assassinaram Térak, o meu animal de estimação. Meu nome é
Cathezar e isso acabará agora !!
*******
Antes que
Cathezar ataque, um misterioso homem interrompe o combate:
- Cathezar !!
Não dessa vez !! Vi muitos morrerem diante de meus olhos ! Mas não permitirei
que isso aconteça !
- Saia do meu
caminho Kárlux !! Você não pode me atacar dentro dessa floresta !!
- Bebam isso !
Meu mestre Nurn, mandou lhes entregar ! Não tenho tempo para dar explicações
mas terão que vencê-la sem a minha juda ! Há uma terrível maldição que me
impede de ataca-la !
Antes que
termine a corrente de Cathezar arremessa Karlux alguns metros para trás que
consegue evitar o ataque. Eles permanece olhando para vocês acreditando que
possam vencê-la. Beber ou não beber é uma decisão de vocês. O Combate
inevitável inicia.
- Maldição !! –
gritava Cathezar – Da próxima vez que encontra-los não terão essa sorte !! Se
Nurn interviu é porque não falhei em minha missão !!
Durante muitos
anos permaneci desaparecido, e desde então perdi o contato com o meu pai, minha
irmã Judy e o meu irmão Skeftus. Quase a beira da morte, fui salvo por Nurn,
que me resgatou nessa floresta. Nunca poderei revelar sua identidade,
entretanto posso compartilhar algumas informações com vocês. Cathezar é uma
agente de um senhor demônio do abismo chamado de Aameul, como débito por ter
salvo minha vida, aceitei a missão de se opor a Cathezar e descobrir seus
planos e por qual motivo tem guardado o poço dos não nascidos, muito antes de
Eisenkern ser retirada de Eisenmond. Alguém de nome Melchior aliou-se com
Aameul após informa-lo que havia uma maneira do grande senhor demônio dobrar o
seu poder. Eu e Nurn tentamos descobrir que maneira é essa e ela tem
assassinado todos que passam por aqui. Minha última missão foi ajuda-los e
nunca fiz isso antes, inevitavelmente Cathezar cumpriu a sua. Descobrir que
vocês podem atrapalhar os planos de Aameul tornando-os vítima inevitável deste
poderoso senhor demônio.
- Creio que a
prioridade no momento é que alcancem as ruínas da destruição, se tiverem
sucesso, impediremos de qualquer modo, que os planos do mal possam evoluir.
Pouco importa alguma informação se não fomos capazes de resgatar Eisenkern.
Tenho muita curiosidade em descobrir o que significa a Proibição dos não
nascido, mas tudo isso só deve ser pensando em um caso de falha. A aliança de
Melchior com essas terríveis criaturas pode ser imediatamente aniquilada caso
recuperem a pedra que Khulan criou. Ela contém tanto a terrível criatura de
Einsemond como impede os planos de Aameul. Peço que tenham cautela e muito
cuidado, pois Cathezar informará o encontro que teve com vocês. Sigam adiante e
vençam esta floresta. Preciso encontrar Nurn. Em pouco tempo nos veremos
novamente !
A Floresta,
antes tenebrosa ganha um aspecto mais natural. Vocês percebem que estão
próximos da ruína, talvez em uma área que um dia foi um jardim. As terríveis
criaturas, o bizarro Solamith, o poço dos não nascidos e a aparição de um meio
demônio, meio diabo, foi muito mais do que esperavam antes de ingressar na
travessia mais difícil da vida de vocês. A cautela é extremamente necessária, e
de nada teria adiantado tantos riscos se forem vistos antes de entrar. De forma
sorrateira e silenciosa vocês se aproximam. O próximo desafio surge, e vocês
não tem muito tempo. Antes que Cathezar declare a presença de vocês, deverão
estar dentro.