quarta-feira, 25 de março de 2015

AVENTURA 3: MANDÍBULAS DE FOGO - JAMNARES - CAPÍTULO 06: A ÚLTIMA ESPERANÇA - PARTE 06: A ILHA SOLITÁRIA - UM TERRÍVEL GUARDIÃO


Os jamnares finalmente alcançam a ilha de Dulgur, no pântano do passado remoto, buscando a única forma de abandonarem o local e se aprofundarem no reino distante. Após terríveis combates o sereia de guerra alcança seu objetivo encalhando na margem, não existindo outro modo de encontrar a misteriosa criatura se não caminhando pelo desconhecido.

Antes que adentrem na ilha, o grupo se depara com uma pequena tropa de criaturas que lembram homens lagartos, liderados por Azérax que ordena o ataque, por acreditar que os jamnares seriam ilusões. Após o combate, uma visão perturbadora mostra que todos os corpos dos inimigos feridos se curavam automaticamente, demorando pouco tempo para que se levantassem e estivessem totalmente recuperados como se nunca tivessem sido atingidos.

A surpresa parece também perturbá-los até que compreendessem que diferente das visões que enfrentam a milhares de anos, os jamnares eram na verdade seres que ingressaram voluntariamente no Reino Distante. Azeráx revela, que todos que estão ali foram condenados por crimes cometidos contra as divindades, principalmente aqueles que tentaram a imortalidade, punidos e forçados a enfrentar seu pior medo indefinidamente morrendo e renascendo todos os dias, sem que jamais possam alcançar o descanso eterno.

A existência do grupo, de sobremaneira, dá uma esperança as almas cansadas daquelas criaturas que buscam o direito de morrer, permitindo que auxiliem os jamnares no que for possível para que saiam dali. Porém, ao ser pronunciado o nome Dulgur, todos ficam atônitos, uma vez que esta criatura em específico é o pior condenado que se encontra na ilha, recolhido na prisão eterna que se localiza no seu centro. Após muitas discussões, Azeráx resolve guia-los, prevenindo-os que no caminho poderão surgir criaturas que fazem parte do seu passado e que nunca foram vencidas por ele, chamando-os para seguí-lo mesmo acreditando que é uma insanidade ir de encontro a Dulgur, principalmente porque todos que seguiram em direção à prisão eterna tiveram um sofrimento e uma pena pior do que a dele.

Caminhando, agora em direção ao principal objetivo, Azeráx ainda suspira algumas palavras revelando que Dulgur não é o verdadeiro nome da criatura que o grupo está buscando, ingressando na misteriosa floresta que deverá ser superada para que finalmente alcancem a prisão eterna.

Enquanto isso, no plano das divindades, Hépoca, Turik, Kirsha e Volkien eram acusados por Kélen, Parlas, Aton e Mytra, de interferirem no mundo dos mortais e de esconderem a existência de Torus, sendo enquadrados na mesma condição de Barus que abandonou o plano das divindades reencarnando em Gustovan, tratados como traidores e violadores do livre arbítrio criado pelo deus maior, por apoiarem os jamnares.

Antes de serem presos porém, Hépoca, avisa a Kélen de que a ordens de Torus estão sendo descumpridas, abstendo-se de resistir a ordem de seu irmão avisando-o do terrível erro que está sendo cometido, porém Kelén permanece relutante determinado a restabelecer a suposta ordem de seu pai, prometendo aos demais de que encontrará os jamnares e de que interromperá a interferência que seguia até ali, cabendo a Parlas identificar em que lugar foram enviados.

Em meio a esse conflito de divino que iniciara, o grupo prosseguia em sua jornada no reino distante encontrando o seu primeiro desafio, enfrentando um terrível constructo conhecido como coletor de cadáveres, que é superado sem dificuldades, cientes de que a qualquer momento podem se deparar com um grupo de gigantes da morte anunciados por Azérax e pela visão de Kyelai que preveni a todos acerca da habilidade das criaturas de aprisionar almas.

Em outro local, em Caríades, capital do império, Melchior reúne os membros de elite de Tothamon sem imaginar ainda onde estão os jamnares, decidindo de que destruirá Turan seguindo para a cidade dos anões como meio de despertar a atenção do grupo que desapareceu desde que Arya iniciou a resistência de possessão do Slaad negro. Suas palavras escondem um terrível poder que ainda não foi revelado no plano material e que poderá se manifestar no ataque iminente que está prestes de acontecer.

No reino distante, a jornada prossegue, e os jamnares, já próximos da prisão eterna, deparam-se com os gigantes da morte utilizando suas habilidades principais para superá-los concluindo finalmente a travessia, sobrevivendo a jornada de 16 horas pela floresta, sendo o ponto final para Azeráx que revela sua admiração pelo grupo por chegar até ali entregando para um de seus membros o cordão que lhe pertence como um sinal de esperança e sorte partindo em seguida.

Agora, diante da torre da prisão eterna, o grupo está cada vez mais próximo de encontrar Dulgur para que possam sair do pântano do passado remoto e prosseguir na viagem rumo ao plano elementar do tempo, sem imaginarem qual será o próximo desafio, que emergirá tão logo voltem a caminhar em direção ao misterioso destino que os aguarda.

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1 - A ENTRADA

Uma presa rochosa emerge do solo. A torre é mais larga na base, desaparecendo em meio a uma nuvem que mais lembra almas desesperadas do que vapor. Suas laterais rochosas são cravejadas de ossos, caveiras humanas e de criaturas de todas as espécies, faces, pórticos, peitoris e outras texturas repugnantes. Não há nenhuma entrada.

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2 – A ENTRADA PELO TOPO

A torre alcança 90m de altura e é aberta no topo. As lascas de pedra pontiagudas fortificam o pináculo oco – elas são semelhantes a presas direcionadas para cima, com altura que varia entre 1,5m e 4,5m, circundando um intervalo de cerca de 12m de comprimento. A escuridão preenche o vazio do espaço interno, com uma névoa de almas que parecem em uma agonia eterna.

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(Drákatus - O gigante arcano)

Antes que possam alcançar a entrada da torre. Em meio à escuridão uma penumbra é revelada em um ponto mais alto em meio às ruínas. Raios rasgam os céus e  antes que possam avistá-la totalmente sua voz preenche o ar como os trovões:

- Seres tolos que se aproximam da prisão eterna !!!! Jamais poderão entrar !!! Sou o último guardião da torre !!! O lorde do grande portão !!! Meu nome é Dakátrus ! Não permitirei que prossigam !!!!!

Um gigante enorme que lembra um humano bem formado de proporções tremendas é o guardião da torre. Sua pele é tingida com uma leve coloração púrpura, e símbolos arcanos estranhos estão tatuados próximos em todos os centímetros em sua pele. Ele possui um cabelo claro e olhos que parecem se alterar de cores indo do azul ao verde e ao violeta. Sua aparência não se compara a dos gigantes que enfrentaram antes de escalarem a torre que pareceriam crianças diante dele. Não há tempo de pensar em muita coisa a criatura não hesita e imediatamente inicia seu ataque.

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Após o desaparecimento da criatura com o fim do combate, haviam muitas dúvidas e poucas respostas, uma derrota moral caiu sobre todos. Aquela batalha parece ter sido decisiva para o futuro e não se sabe agora o que poderá acontecer diante de um inimigo que poderá estar entre aqueles, que antes, eram verdadeiros aliados.

quinta-feira, 19 de março de 2015

AVENTURA ÉPICA - VONTADE CELESTIAL - CAPÍTULO 02: O CASTELO DA ESCURIDÃO – PARTE 02: O REENCONTRO COM O LIMBO

(Estandarte do Reino de Torilyn)

“No reino distante os jamnares finalmente alcançam a Prisão Eterna após atravessarem uma terrível floresta guiados por Azeráx, aniquilando todos os desafios, desde um grupo de Coletor de Cadáver e dois poderosos gigantes da morte, aproximando-se ainda mais de Dulgur para que possam deixar os pântanos eternos e prosseguirem na busca pela semidivindade do tempo.

Porém, os perigos estão bem além de seus esforços, no plano celestial, Kélen, Parlas, Atón e Mytra se confrontam com Hépoca, Turik, Kirsha e Vólkien, ordenando a imediata prisão da divindade do tempo e dos demais, por interferirem no mundo dos mortais exigindo a aparição imediata de Torus, que permanece oculto. O conflito entre as deidades parece alcançar seu ponto crítico e Kélen assume a liderança dos deuses maiores ordenando que os jamnares sejam localizados e retirados de onde quer que estejam para que a interferência não mais ocorra.

Enquanto isso, no plano material, Melchior é informado de que um grupo saiu de Torilyn em direção ao Castelo do Iranistão, local em que Arya resiste a possessão do Slaad Negro, sem entender ainda onde estão os demais jamnares, acreditando, apesar de tudo, que seus planos não serão afetados diante do terrível poder da criatura que está no local, confiando no poder do Slaad. Porém, o que surpreende os membros de elite, é a decisão de Melchior, que resolve investir contra o reino de Turan, acreditando que a destruição do último reino dos anões atraia a atenção de Khalidaf e Toril.

No castelo real, longe ainda de encontrarem Arya, o grupo liderado por Judy, já deixou vários desafios para trás, juntamente com Doghin, Mikal, Andreas, Knolan e Aurin, aniquilando um lorde das profundezas, golens de Mithral, Vermiurgos e um Sirush, alcançando uma terrível porta que é aberta por Tervus, um servo do antigo rei, preso em um espelho, que revela o terrível poder que emana do local em que irão ingressar.


Por fim e contando com a proteção de Gustovan. Kyra, Lancelot, Dasmius e Phoenix permanecem sem notícias aguardando os últimos 04 dias de prazo estabelecido por Extórax Réx, sem imaginarem, que no Reino Distante, no Plano Celestial, em Caríades, e no Castelo do Iranistão, inúmeras forças trabalhavam, sem que até o presente fosse possível descobrir qual lado sairia vencedor."

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“F” – A SALA AMALDIÇOADA

“Uma grande quantidade de corpos estão em pilha nessa sala. Curiosamente todos estão sem cabeça. O chão encontra-se manchado de sangue e diversos símbolos demoníacos cercam este local. O medo de Tervus não parece exagero. Em meio a este ambiente macabro vocês não conseguem visualizar a porta que conduz para o ambiente seguinte.”

***

“A luz oriunda da outra sala vai enfraquecendo na medida que uma terrível escuridão rapidamente faz desaparecer a porta por onde entraram. Uma energia maligna e poderosa preenche todo o ambiente e vocês não tem dúvida de que existe uma ameaça capaz de aniquilá-los. Uma voz acompanhada de murmúrios de dor chama a atenção de vocês:

- Qual a sensação de se depararem com a própria morte seus tolos? – Perguntava a Criatura – Ninguém pode ir de encontro aos objetivos de Melchior, o futuro senhor desse plano !!!! Essa é apenas uma pequena parcela do poder daqueles que lhe cercam !!! – Toda a sala tremia até que novamente ouvissem sua voz - Quais serão suas últimas palavras?"


***
Um enorme clarão de fogo preenche toda a sala que imediatamente se retorce regressando para dentro de si mesmo como se implodisse. As paredes começam a se tremer e o chão a tremular se distorcendo gradativamente. Vários fragmentos de pedra explodem no ar desintegrando-se. Os braços de Doghin começavam a formigar em uma dor intensa como se ela já conhecesse aquela manifestação de energia. Ar, fogo, terra e água pareciam se degladiar entre si até que uma enorme explosão ocorresse. A última imagem que se lembram é de um impacto violento arremessando-os quilômetros um do outro.

Enquanto isso,
Em Torilyn.

- Tive uma estranha sensação. – Falava Kárlux levantando-se abruptamente olhando para Phoenix – É como se algo terrível fosse acontecer...

Phoenix permanecia olhando para o guerreiro desolado que ia em direção a janela como se algo o pertubasse. Naquele momento a porta era aberta por Kyra que parecia apressada:

- Phoenix, Kárlux... Preciso que vejam isso !!

Ao saírem do local a energia branca que circundava Torilyn parecia menos densa e mais fraca, por alguns instante ela parecia desaparecer, como se a qualquer momento fosse falhar.
- Precisamos agir rápido. – Falava Phoenix – Não podemos esperar pelo inimigo !!

- E o que sugere ? – Perguntava Kárlux.

- Não podemos ficar parados enquanto muitos arriscam suas vidas !!! Nós estamos cercados com os reinos de Terube e Monrad tomados por Yugoloths e criaturas que servem a Extórax Réx. Se não podemos enfrentá-lo diretamente, devemos ao menos enfraquecer seus lacaios. Quando a proteção de Gustovan cessar não tenho dúvidas de que seremos atacados, e isso nos força a agir antes ! Tenho 1000 turianorianos sob o meu comando e sei que 500 bons guerreiros lhe atendem Kárlux. Convoque Dasmius e Lancelot com os remanescentes, já é hora de sairmos de Torilyn e retomarmos o que nos pertence !!

- Isso não seria um ataque suicidada Phoenix ? – perguntava Kyra

- Suicídio ? – ironizava Phoenix – Com todo respeito, senhorita Kyra, mas depois da decisão tomada pelos jamnares e por Judy, você já deveria estar acostumada com isso. Chame as suas águias ! Se isso é um suicídio brindemos a ele !!

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(Cathezar)

“H” – A ANTIGA SALA DE JANTAR

Vocês acordam confusos sem compreenderem o que aconteceu, a visão de vocês parece turva e a cabeça um pouco fora do lugar. Por sorte ou não milagrosamente ainda estão inteiros. Porém, isso é o menor dos problemas, diante de seus olhos está uma serpente gigante com escamas verdes, e como uma humana acima da cintura. Ela tem seis braços, todos com correntes enrroladas cheias de farpas e junto com ela 04 terríveis criaturas com tamanho de ogro, de corpo humanoide, com escamas horrendas que revestem seu corpo, e asas amedrontadoras, aguardando vocês despertar. Pedras flutuam como se não houvesse gravidade apesar de vocês encontrarem-se firmes no chão e as paredes parecem mescladas com uma névoa que oscila fazendo-as por algum instante tremular.

- Ora ora ora, finalmente acordaram !! Não sei se lembram de mim, mas com certeza lembro de vocês.

Aquela criatura era uma velha conhecida, sim, era Cathezar a meia demônia/meia diabo que atacou os jamnares na floresta dos espíritos. Seu olhar era de surpresa e ao mesmo tempo de ironia como se tivesse a vida de vocês nas mãos dela, e de fato, isso era a realidade.

- Humpf ! Eu não podia matá-los sem que antes soubessem que nada alterou os planos de Melchior !! E apesar de encontrá-los sem consciência devo reconhecer que vi poucos mortais aniquilarem um infernal. Vocês de Torilyn sempre nos surpreendem e é uma pena que não sejam os jamnares para terminar o que deveria ter concluído nas ruínas da destruição. De qualquer modo, muito me agrada tê-los aqui, principalmente para perceberem que não há nada que possam fazer. Quem diria, o grande Aurin e Doghin resumidos a correntes !!!! Que tolice acharem que alcançariam o templo de Jamnar !!! Enfim, falta pouco tempo !! Só não os aniquilarei porque Melchior quer muito lhes falar !!! Já chega !! Levem-nos para as masmorras !! Ansiarei para nos encontrarmos novamente pois tenho certeza que não terão a mesma sorte !!!

Uma sonolência preenche a mente de vocês e é impossível reagir com aquelas correntes. Uma poderosa magia impede que possam fazer qualquer coisa. Em poucos instantes suas palpebras se fecham e mais uma vez vocês estão inconscientes.

***

“Vocês acordam em uma pequena cela cercada de energia arcana. Seus objetos permanecem intactos. No local não há nada além de uma poderosa magia permanente. Antes que façam alguma coisa, a voz de um homem atrai a atenção de vocês. Ele possui uma capa prateada, de aparência séria e cabelos pretos. Um cordão com um mão segurando o mundo descansa sobre o seu peito."

***

- É um prazer conhece-los ! Ainda que seja em uma situação tão degradante... Meu nome é Nurn ! Nascido no desequilíbrio para equilibrá-lo. Talvez já me conheçam. Sou o líder dos Controladores. Mestre de Kárlux e de Kurts.

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(Nurn - O Líder dos Controladores)

“- Muito tempo se passou desde que jamnar desfaleceu... E muitos se aliaram desde que descobrimos a existência daqueles que carregam sua essência. Doutrinei diversos agentes que se uniram aos Controladores e Kárlux sem dúvida foi o melhor deles. É por isso que talvez, não seja novidade que vocês já saibam quem seja Cathezar e quais são os terríveis planos de Melchior. Confesso que encontrá-los na floresta dos espíritos reanimou minha esperança e não foi por outro motivo que solicitei que Kárlux retornasse de imediato a Torilyn no momento certo de encontrar Mikal, Andreas e Knolan cercados por Yugoloths. Enfim, vocês já sabem de todo o resto, Doghin foi um dos primeiros a perceber nossa intenção. Somente os jamnares podem enfrentar Extórax Réx, e somente quando Árya sair de dentro do templo de jamnar é que poderemos finalmente alcançar o seu coração. O que pode acontecer depois disso não imagino, ela resiste firmemente, porém temo que nenhum de nós esteja lá, na sala do rei, quando ela conseguir sair daquelas escadas. Humpf! Foi uma tolice ingressar sozinho nesse lugar tão hostil, pois acabei subestimando a força do inimigo."

***

Nurn levanta-se do chão olhando firmemente pra vocês como se fosse dizer mais alguma coisa. Ele olhava ao redor como se pensasse em algum modo de sair dali até que finalmente falasse.

- Essa prisão poderosa pertence a Melchior. Um mago do sangue. Não temos muito tempo. O desaparecimento dos demais jamnares é que nos mantém vivos e assim que souber que Cathezar nos aprisionou virá até nós, pois somos os únicos que sabemos aonde estão. Minha vida sempre foi à busca pelo equilíbrio e descobri muitas coisas para encontra-lo. – Nurn retirava um estranho livro de dentro da sua capa – Nesse livro há muitas revelações. O desaparecimento de Diddy, as armas de estrelas, a guerra entre as divindades que é inevitável, e muitas coisas que não são seguras para serem pronunciadas. Kárlux é o único que poderá lê-lo. E isso. – Falava Nurn arrebentando o corrente de seu pescoço –É o símbolo de nossa ordem. Diga a Kárlux que ele é meu sucessor. Minha vida aqui teve um propósito e agora posso compreendê-lo, porém, não poderia prosseguir ao lado de vocês.

***

- Para dissipar essa poderosa magia terei que sacrificar a minha vida. Mas como eu disse. Esse é o meu propósito. Se para alcançar meu objetivo preciso recoloca-los no caminho para a sala do rei. Eu o farei. Afinal não é justo que fiquem aqui e aguardem pela morte. – A sala começava a tremer na medida que a mão de Nurn era cercada por um brilho negro, o sangue do seu corpo rapidamente fluía por suas veias direcionando-se para os seus braços, preenchendo a estranha esfera de energia. A pele de Nurn começava a envelhecer como se suas células rapidamente morressem. Seu cabelo antes preto se tornava branco como se toda sua energia vital fosse sugada. – Gustovan, não aguentará muito.... – murmurava Nurn com uma voz trêmula e quase sem forças – Façam valer minha vida senhores !!!! Eu a entrego na mão de vocês !!!!!!!

Nurn tocava na grade de energia com suas mãos preenchidas por toda sua força vital, seu corpo era imediatamente envolvido pela mágica contida nas grades, como se sugasse todo o seu poder arcano. Em menos de segundos um clarão de luz se apoderava de todo aposento até que se despedaçasse em inúmeros fragmentos desaparecendo no ar. O chão tremia a medida que o poderoso efeito ia cessando e agora sem os obstáculos que os impedia de sair. O limbo ainda presente fazia com que as estruturas de pedra se mexessem como água ainda que novamente se estabilizassem. Porém o sacrifício de Nurn não foi ouvido somente por vocês. Logo a frente as 04 criaturas que acompanhavam Cathezar seguidas de outras 04 surgiam teletransportando-se de algum local, empunhando uma enorme corrente de cravos. O terrível diabo de Chifres parecia não acreditar que estivessem livres daquela prisão.
- Não podem fugir !!!!! – gritava um deles – Ninguém pode se libertar da prisão de Melchior e muito menos abandonar este local antes que se apossemos do coração de Arya. Se derem mais um passo. Não hesitaremos em aniquilá-los.

- Não seja tolos !!! – urrava outro – Podem ter vencido aquele infernal !!! Mas jamais serão capazes de nos sobrepurjar !!! 



“J” – O CORREDOR DAS MASMORRAS

“Os diabos de cifres finalmente são vencidos, era o mínimo que podia ser feito em prol  de Nurn. Sua vida foi sacrificada para que pudessem prosseguir. Por esse extenso corredor só existem agora duas opções e não há mais tempo para perder. Sob o limbo controlado só resta agora encontrar o salão do rei”.

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“N” – O REENCONTRO COM CATHEZAR

“Vocês finalmente conseguem escapam das masmorras do castelo, alcançando o andar em que antes estavam. Ao abrirem a porta Cathezar está novamente diante de vocês sem compreender como fugiram das celas de Melchior, junto a ela duas criaturas que lembram touros demoníacos, não passam despercebidos com seus corpos humanoides de 6m, pertencentes a mesma raça de Dabókia, o minotauro que foi vencido pelos jamnares nas ruínas da destruição:

- Isso é impossível !!! – gritava Cathezar – Não posso permitir que prossigam !!! Não sei como escaparam, mas são perigosos demais para viver !!! Eu mesmo cuidarei disso !!!! Vamos !!! Em nome de Melchior !!! Mandarei todos para o inferno !!!

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Enquanto isso em Turan

- Eles chegaram !!! – falava Górin levantando-se bruscamente.

Todos os turianos que estavam próximos permaneciam surpresos ao verem seu poderoso mago despertar. Um sono que perdurou por mais de 200 anos.

- Górin ?!?!? Não posso acreditar o que meus olhos vêem !!! Desde os tempos de Khulan que você dorme !!! Quem acaba de chegar ?!?

- Não seja tolo !!! – Gritava Górin pondo-se de pé – Aqueles que até o fim do dia não mais caminharão !!! Aqueles que saberão que Turan não precisa do poder de um dragão tolo e dourado para se proteger.

(Górin, o mago anão turiano)