Com as
esperanças destruídas, Ária, agora possuída, desaparecia mais uma vez levando consigo
a coroa do Slaad dos pesadelos. Gygax permanecia desconsolado. Apesar de
Turianór ter sido alcançada, nem mesmo a união das 03 cidades seria capaz de
trazer paz a Castela. O Slaad dos pesadelos e Extórax Réx são inimigos de
potencial inimaginável, tornando quase impossível as chances de vitória, porém
não há tempo para perder, todos devem unir as forças remanescentes para lutarem
ainda que pereçam.
Em outro local, Melchior,
Sóluno e Cathezar aguardavam por Ária que partiu em direção do castelo real no
Iranistão, local em que se encontra o Ashdanlon de Jamnar para que finalmente
concretize seu plano, abrindo os portões que aprisionam Kindara, com a emersão
da escuridão que em poucas horas cobrirá o mundo.
Em Turianór,
todos se encontram no Grande Salão, onde Phoenix o rei dos turianorianos
concede o direito para que um representante de cada cidade possa se manifestar.
Existem aproximadamente 15 mil sobreviventes que aguardam por uma resposta. O
primeiro a se manifestar é Dasmius, do reino de Monrad, que exige resistência
ainda que isso seja um ato suicida, declarando para todos que seu maior medo
não é o inimigo e sim os aliados que deixam de unir forças contra ele.
Juntamente com este, Lancelot, do reino de Terube, também convoca os
Turianorianos para emergirem a superfície, afirmando que não é mais hora para apontar
que raça errou mais vezes, era chegado o momento de todos acertarem.
Por último
Torilyn, representando por Anglyn, coloca que a essência dos jamnares não é
ironia do destino, acreditando que uma força maior está por detrás de tudo e
que conduzirá todos a vitória mesmo que a situação esteja crítica, antes que
conclua, Khalidaf interrompe as palavras da curandeira, quebrando todo o
protocolo real exigindo que Phoenix tome providências, pois enquanto
desperdiçam tempo com palavras, pessoas estão morrendo. Diante de todas as
declarações, o rei Turianoriano revela aos três reinos que o principal inimigo
é o tempo, pois precisam dele para se tornarem mais fortes e para impedir que
Ária entregue o Ashdalon a Extórax Réx.
Levantando-se de
seu trono, Phoenix revela um dos maiores segredos das divindades, o acesso a um
plano exterior que tornará possível que enfrentem o pouco tempo que possuem,
indicando que os jamnares devem seguir nessa perigosa jornada, uma vez que está
é a última esperança que resta para o plano material. Conduzindo-os para uma
sala reservada, o grupo se depara com as três estátuas do tempo, passado,
presente e futuro, onde um ritual é realizado com a ajuda de Doghin que utiliza
a energia furtada do plano do limbo para que ingressem nesse plano exterior.
Antes que
adentrem no portal, Phoenix sugere que procurem por Secundus, um semi deus do
tempo, que lhes dará a resposta que precisam, sem imaginar que perigos aguardam
os jamnares, alertando-os de que a passagem no tempo neste local é
insignificante ao tempo que transcorrerá no plano material. Um clarão preenche
os olhos de todos tornado-os incapazes de enxergar qualquer coisa, até que
avistassem uma névoa que preenchia a parte superior dos ceús, tudo parecia
estar em uma penumbra exótica e a aparência do local assemelha-se muito com a
de um pântano.
Diante do grupo
uma figura humanoide enigmática, segurava um cajado, coberta de um manto
amarronzado com o rosto perdido em um cosmo que lembra o universo, porém, antes
que se apresentasse, os jamnares são alertados de que só poderão partir depois
que aniquilarem a criatura que os farejou. Antes que possam compreender alguma
coisa, um ser monstruoso de formato ligeiramente humanoide, com 2,70m de
altura, surge diante do grupo, iniciando um difícil combate contra um troll
pseudonatural.
Ao final da luta
o misterioso humanoide sugere que o grupo deve seguí-lo e que não podem
permanecer muito tempo neste local, chamado, Pântano do Passado remoto, a
cidadela perdida deve ser alcançada, o quanto antes, iniciando os primeiros
passos em direção de Secundus. Hasthur, apesar de seu conhecimento não é capaz
de identificar em que local possam estar, a única certeza é de quem estão em um
reino distante, a margem da realidade, e talvez em um lugar onde nem mesmo o
deuses, são capazes de alcançar.
***
- Sumiram !!! –
Falava Melchior em tom de espanto chamando a atenção de Cathezar – Isso é
impossível....
- O que houve
meu lorde ? – perguntava Kathezar – Quem sumiu ?
- Os
jamnares.... Desapareceram... É como se tivessem mortos...
- Não precisamos
nos preocupar com isso ! Se de fato aconteceu a energia deles irá procurar um
novo portador, porém isso já não interessa ! Ária...
- Você não
entende sua tola !!! A energia deles desapareceu !!!! É como se o corpo
material e seus espíritos, junto com toda essência tivessem deixado de existir.
Meus olhos não conseguem alcança-los nem em outros planos ! Não podemos
subestimá-los... Eles estão se tornando perigosos !! Cathezar !!!! Você deve ir
a Torilyn junto com Sóluno. Preciso saber o que está acontecendo !!!
A porta se abre
repentinamente, faziam muitos anos que o rosto de Melchior não tinha aquela
feição de preocupação. Tothmon adentrava no recinto com passos que faziam as
pedras sentirem medo. A voz imponente do imperador ecoava por todo recinto:
- O que houve
com os jamnares Melchior ? Há poucos segundos tive uma estranha sensação.
Espero que isso não interrompa os nossos planos ! Se estamos tão próximos de
concretizá-los, seria por demais desagradável ser surpreendido com alguma
surpresa. Os membros de elite já
retornaram?
- Sim meu
senhor, rei de todos os reis !!!
No lado oposto
da sala, em uma escuridão mórbida, os 5 membros de elite do imperador surgiam
diante dos olhos de Melchior, que parecia surpreso. Seeker, Sargas, Émira,
Hônus e o quinto membro chegavam repentinamente.
- Que outras
três vidas sirvam para me desculpar grande imperador Tothamon ! – falava Seeker
que ajoelhava-se junto aos demais – Creio que poderíamos ter retornado sem que
fosse necessária a ida de nosso aliado. Enfrentamos alguns problemas naquele
plano de energia mas nada que fosse capaz de nos manter presos por muito tempo.
- Finalmente o
meu corpo de elite está completo ! – falava Toth Amon – Preciso que descubram
algo sobre os jamnares. Preciso que sigam para Torilyn imediatamente ! Quero
que descubram o que está acontecendo e
antes que retornem com a informação gostaria que matassem todos que encontrarem
!
- Será um prazer
meu imperador....
Os membros de
elite partiam em direção a Torilyn, o desaparecimento repentino dos Jamnares
parecia causar uma má sensação naqueles que já estavam certos do sucesso de
todo o plano. Em pouco tempo os controladores, juntamente com Knolan, Andreas e
Mikal teriam um grande desafio pela frente. Impedir que as forças de Toth Amon
descubra o maior de seus segredos. O acesso para os planos exteriores.
****
Vocês permanecem
andando por algumas horas. E a aparência do ambiente parece não mudar, um raio
de matéria cerca vocês e quando um limite de passos é alcançado toda a
estrutura material anterior parece se desfazer em uma névoa intangível.
- Eu não me
apresentei... – falava a criatura humanoide – Chamem-me apenas de “O Um”. Se
desejarem saber alguma coisa. Não exitem em perguntar.
Os
jogadores poderão falar alguma coisa. O guia não revelará muitas informações.
Interprete conforme as perguntas que forem feitas. O guia, dirá apenas sobre o
caminho que irão percorrer após o diálogo.
-
Temos um longo caminho a percorrer e não
posso imaginar que perigo os reserva. Logo encontraremos as ruínas de Asgarath
onde teremos acesso ao portal que nos conduzirá a Cidadela Perdida. Não podemos
perder muito tempo neste lugar. Há cada minuto que passa mais nos aprofundamos
no passado de cada um de vocês. Não posso imaginar que tipo de riscos estaremos
submetidos se não sairmos daqui o quanto antes. Vamos ! Ainda nos resta 8 horas
de caminhada.
(Hezroul - Criatura enfrentada durante a travessia do Pântano)
A névoa a frente
dissipa-se rapidamente. Uma estrutura gigantesca surge diante dos olhos de
vocês. É uma ruína antiga. Coberta por musgos e deteriorada pelo tempo. Uma
enorme porta de pedra impede que qualquer um adentre naquele local. O guia que
os acompanha se adianta alguns metros em direção a entrada. Como se conhece o
local.
- É a ruína de
Asgarath... O local que dá acesso à cidadela perdida. É a transição material
entre o passado e o presente. Porém não esperava por isso. Esta enorme porta de
pedra parece possuir uma espécie de tranca arcana e para prosseguirmos ela
deverá ser aberta. Infelizmente o meu conhecimento é restrito. Minhas
informações se limitam em apenas guia-los pelos caminhos possíveis. Não imagino
o que deverá ser feito para que tenhamos acesso a este lugar. Isto caberá a
vocês descobrirem.
A enorme porta
de pedra permanece inerte. Não há trancas. Porém muitos sinais em uma linguagem
antiga estão desenhados em sua superfície. 3 cavidades encontram-se em sua meia
altura. Aparentemente não há nenhuma espécie de abertura que permitiria o
acesso natural a esta entrada.
***
É uma tranca de
Kalahari, conhecida como a fechadura perfeita. Uma arte que mistura ciência
arcana com um sistema de trava material. Somente ladinos de alto nível possuem
acesso a este conhecimento perdido. 03 jóias, esmeralda, rubi e diamante, devem
ser posicionados nos espaços vazios, porém isso não é suficiente. A ordem das
jóias deve ser estabelecida de forma correta ou uma armadilha mortal é
acionada, geralmente teletransportando o invasor para um plano letal de
existência. Esse tipo de bloqueio era utilizado para proteger os tesouros de
ladinos que faziam parte de uma seita conhecida como os cultuadores da
Enganação, exinta no final da segunda era, uma religião perdida no tempo, que a
utilizavam para proteger os seus segredores de invasores. Ela foi criada pela
própria Kalahari antes de se tornar uma divindade. Qual a ordem dessas jóias?
Impossível de saber.
****
“Humpf... –
Murmurava o guia – Se as jóias foram roubadas creio que jamais poderão
encontra-la... Imaginar que tipo de criatura tenha as arrancado daqui é algo
totalmente impossível. Portanto não nos resta outra alternativa se não
seguirmos a estrada e encontrarmos Dalgur, é a única forma de prosseguirmos
nossa viagem, porém isto fará com que nos aprofundemos no passado de vocês e
talvez não gostem do que poderão encontrar. De qualquer forma não podemos ficar
parados. Cada segundo que perdemos aqui nos aprofundará ainda mais nos efeitos
deste pântano.”
***
“-Não há nada
melhor do que os próprios olhos para saberem o que é Dalgur. Apenas, lhes
interessa saber que é a única alternativa que possuem. Talvez isso seja mais um
teste. Seja lá o que for nós devemos partir. O local que devemos alcançar não
fica muito longe. Quando estivermos mais próximos explico mais detalhes pra
vocês..
(Ruínas de Asgarath)
Em outro
local...
Ária ingressava
no castelo onde encontrava-se Tomahank. Nos subterrâneos, o templo de Jamnar
guardava o Ashdalon do dragão dourado. A porta da ante sala era aberta e poucos
passos distanciavam o mal da única esperança do mundo.
- Tomahank...
Será um prazer conhece-lo.... – pensava o Slaad negro no corpo da garota.
A porta era
rapidamente aberta e para a surpresa de Ária não havia nenhum dragão de 03 cabeças.
O local parecia abandonado há muito tempo, além dos restos mortais dos últimos
que lutaram resistindo a invasão. O acesso para o templo de Jamnar
encontrava-se próximo, com degraus que desapareciam na escuridão.
- Que
estranho... Parece que Tomahank não vem a este local por muito tempo... Talvez
nem mesmo os Dragans saibam disso. Porém não devo perder tempo... Não há
sentido em me ocupar com divagações. Devo obter o ashdalon de Jamnar o quanto
antes e entrega-lo a Melchior. Já não aguento mais portar este corpo frágil.
Logo logo isso estará terminado.
Ária descia os
degraus que conduziam ao tempo de Jamnar. No mundo material poucas horas
distanciavam Melchior de seu grande objetivo. Seja lá onde os demais jamnares
estivessem, o mundo em pouco tempo conheceria o pior de todos os males.
***
As árvores
próximas são rasgadas como folha de papel e uma constritora gigante ataca de
onde menos podem esperar. Um, falava algo, porém era impossível de escutar.
Porém, seus olhos visualizavam algo que já viram no passado. Aquilo não parece
ser algo diferente para vocês. Isso mesmo, aquela criatura, sem dúvidas, é
Tarnak, uma serpente de tempos antigos, a mesma que foi derrotada na floresta
dos espíritos. Porém, não é só isso, a atenção de vocês também é direcionada
para a estrada a frente que explode em um clarão de fogo envolvido de um som
torturante de almas infernais.
- Dessa vez não
haverá misericórdia seus tolos !!!!! Não permitirei que escapem !!!
Junto com
Tárnak, surge o terrível Solamith, Uma monstruosidade corpulenta com Anéis de
carne flácida com veias verdes e pele pálida, com um grande intestino onde estão
faces gritando.
- Eu odeio
interromper ! Mas também temos motivos para nos vingar !
Do lado oposto a
estrada, vocês podem avistar a Quimera de Seeker juntamente com o terrível
Beholder que enfrentaram nas Minas de Eisenmond.
- Era o que eu
temia... – murmurava o guia após o ataque – Nós estamos penetrando no passado
de vocês. Não há outro meio de prosseguir. Vocês deverão aniquilar estas
criaturas como já fizeram antes.
O combate mortal
com o passado é inevitável e vocês devem vencê-los se pretendem prosseguir. Não
há outra alternativa. O desafio deverá ser superado.
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