quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Torus x Kindara - A batalha dos 7 selos

( Jamnar - O Dragão dourado)

Visões de Hépoca - Tomo de Todos os tempos
Torux x Kindara - A batalha dos sete selos



Na segunda era, quando as coisas impossíveis eram reais, surgiram dois poderosos dragões, um era vermelho e chamava-se Extórax Réx, composto de fogo enquanto o outro era dourado e chamava-se Jamnar. Algumas lendas indicam que as criaturas surgiram em decorrência da batalha travada entre as divindades chamada Torus, deus de todos os deuses e sua filha Kindara, antiga deusa do fogo. Antes que fosse jogada no mundo abissal a lâmina que atingiu a divindade fez nascer de seu sangue o dragão vermelho e do sangue que respingou da lâmina de Torus o dragão dourado. 

Antes que partisse, Torus criou os sete selos, e declarou que se fossem quebrados caberiam aos mortais conter o mal que emanasse do inferno negro, Kindara havia sido condenada pelo Conselho do Sinédrio (Conselho formado por Hépoca, deusa do Tempo, Kélen, Deus da Luz e Torus, Deus da Vida), por ter violado a criação humana e permitir a invasão de seres de outros planos no mundo material, deixando como único guardião o dragão Jamnar e proibindo que os deuses intervissem nessa batalha. O último selo são os próprios dragões lendários, que eram inatingíveis por qualquer criatura mortal mas que tinham o poder de se destruir.
(Batalha Entre Torus x Kindara )

Temendo pelo destino do mundo, Jamnar criou a Igreja dos Elementos, formada por magos poderosos especialistas em magias elementais e a Ordem Enigmática do Sono, formada pela raça Kirshiniana, únicos capazes de mesclarem as magias aos objetos, desenvolvendo juntos um artefato poderoso chamado Eisenkern, que aprisionaria Extórax Réx e que dividiria sua essência temendo que seu Ashdalon (denominação dada ao coração dos dragãos lendários), caísse nas mãos do dragão vermelho, o que tornaria possível a sua ascensão a divindade e consequentemente a libertação de Kindara.

Sabe-se que o dragão que obtivesse o coração do outro, seria capaz de dominar o plano de energia positiva (formado por todos os elementos), assumindo o aspecto de Poder Bruto, tornado-se divindade, fazendo com que Jamnar se sacrificasse e dividisse sua essência em 08 partes, indicando voluntariamente 7 crianças que iriam possuí-la, sendo incapaz de escolher a oitava que foi agraciada aleatoriamente. Hasthur, Khalidaf, Argos, Anglyn, Kurts, Abimes e Toril, são os jamnares, únicos capazes de ingressar na sala onde está o Coração de Jamnar, assim como aniquilarem Extórax Réx.

 (Extórax Réx - O dragão Vermelho)

Movido pelo ódio infinito, o terrível Dragão Vermelho caçaria a essência dividida de Jamnar, ao ponto de conceder um desejo para aqueles que entregassem seu coração, assim como Jamnar que faria o mesmo para aquele que obtivesse o coração de Extórax Réx, sendo aprisionado pela Einsenkern e pela energia das almas não nascidas criada pela Igreja dos elementos. O desejo do primeiro, era ascender como divindade e libertar Kindara, enquanto o desejo do segundo era destruir ambos os corações para que Kindara permaneça aprisionada pela eternidade.

Com a morte de Jamnar (que dividiu sua essência para 8 mortais) e o aprisionamento de Extórax Réx, os adeptos de ambos os lados iniciavam uma busca frenética pelo oitavo jamnar desconhecido, cabendo aos tutores dos outros 7 resguardarem que os demais crescessem para cumprirem o seu desígnio, destruir o dragão vermelho, porém, ninguém esperava que Diddy, o senhor do Alto Castelo, descobrisse que sua filha, Ária, fosse a jamnar que todos buscavam, achando que essa condição também lhe tornava um deles e que isso lhe permitiria alcançar a imortalidade, violando o selo das almas não nascidas e dissipando potencialmente a proteção de Einsenkern. 

(Ashdalon - Nome dado aos Corações dos dragões)

Temendo pela loucura de Diddy, Ária foi dada por sua mãe a uma família de camponeses que seguia para a Estígia, evitando que Melchior a capturasse, sendo tarde porém para impedir que o poderoso mago tivesse acesso aos estudos sobre Eisenkern e iniciasse a busca pela pedra e pelos 8 jamnares perdidos, passando-se mais de 20 anos que culminaram com o desaparecimento de Diddy, a maldição do Alto Castelo, que tornou-se a ruína da destruição e a morte de todos aqueles que ocultavam os jamnares, libertando Extórax Réx, que novamente emergiu no mundo, agora ciente de quem são os jamnares, exigindo que o Ashadalon (coração do dragão dourado) lhe fosse entregue no prazo de 30 dias.


Depois de muitos anos, todos os jamnares estão juntos, e tenho dúvidas, ainda, do que escreverei nas próximas páginas. Algo nubla minha mente, é como se o tempo não transcorresse mais. Sinto um enorme vazio no futuro. Sinceramente não sei ao certo ainda quem vencerá.

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Secundos, clérigo de Hépoca

terça-feira, 29 de outubro de 2013

AVENTURA 3: MANDÍBULAS DE FOGO - CAPÍTULO 03: O CAOS MUTÁVEL DO LIMBO

(Slaad dos Pesadelos - Aprisionado em tempos antigos)



“Os membros de elite de Torilyn prosseguem na passagem de Turianór rumo a cidade perdida dos Slaads, acompanhando Ária e Soluno, na tentativa de resgatar um grupo de humanos, entre eles, os seus familiares. Antes de partirem, porém, um grupo de Queliceras, tenta surpreende-los durante o sono, sendo facilmente derrotadas, demonstrando que o caminho não estará livre de criaturas que possam ameaçar os jamnares, ainda que não tenham relação direta com os Slaads.

No caminho, Argos é capaz de rastrear que 48km distanciam o grupo do local que devem alcançar, conduzindo-os pela passagem estreita que também não está livre de perigo, principalmente ao serem obrigados a atravessar um covil de bulletes, que são facilmente aniquilados, revelando que os primeiros 24km, não foram difíceis de serem superados, aproximando-os cada vez mais do objetivo principal.

Correndo contra o tempo, o grupo alcança uma enorme sala que revela uma história obscura acerca de um ritual antigo realizado por clérigos malignos, que consiste em enterrar assassinos para que emerjam como múmias de sal e obedeçam aos seus comandos, sendo alertados por Hasthur e Abimes de que aquela batalha tem riscos que devem ser evitados, caso as criaturas surjam diante do grupo.

Não demora para que os pensamentos dos dois jamnares se torne realidade, sendo sugerido por Khalidaf, que sobrepanham aquilo, diante do pouco tempo que possuem para chegarem em Turianór, cabendo a Anglyn junto a sua águia teleportar-se com parte do grupo até a saída mais próxima, restando aos demais teleporta-se junto a Hasthur que mais uma vez tem seu poder arcano elevado por Abimes, o que torna possível que todos alcancem a porta que conduz a cidade dos Slaads, deixando os terríveis mortos vivos para trás aprisionados e confusos na fumaça dispersada por Argos.

Enquanto isso, Mikal, Andreas e Knolan, por pouco não são mortos por um grupo de Yugoloths salvos a tempo por Karlux, filho de Gustovan, e os Controladores que chegam a tempo de evitar o pior, chamando-os a resistência para que limpem Torilyn até que todos retornem, dando novos ares aos 03 generais de Torilyn que se reanimam e partem para a batalha.

Na passagem, antes que o grupo deixasse a catacumba, uma última múmia de sal emerge ao lado de Ária que não teve tempo para evitar o ataque, salva por seu cordão que emitiu um brilho similar aquele visto pelos jamnares, desintegrando e evitando o pior. Imediatamente, todos se recordam do segredo revelado por Kurts, e de que Ária provavelmente seja a última jamnar, fato confirmado por Sóluno, que revela sua verdadeira natureza, traindo a todos e afirmando, antes de leva-la consigo, que estaria na cidade dos Slaads e que seria um prazer em rever o grupo.

O possível resgate se torna uma missão obrigatória e Ária deve ser resgatada, fato que necessitará do esforço máximo de todos os jamnares. Qual o segredo de Darcáin, o líder dos Slaads, e que terrível revelação os aguarda é uma dúvida que brevemente será esclarecida.”

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 (O Caos Mutável do Limbo)

 “A visão de vocês parece perturbada. Ao atravessarem a porta do último aposento e andarem alguns metros, uma terrível distorção parece ter atingido todos os lugares possíveis de enxergar. A parede, apesar de rochosa, parece tremular e mexer-se como um líquido, no teto, há quase todo instante há uma mudança da estrutura, até a saída mais próxima algumas pedras flutuam no ar como se não existisse gravidade. O lugar parece perturbado por uma energia mutável e constante. Não demora para que a saída que esteja a frente não esteja mais, surgindo em outro lugar próximo.”
  
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“São poucas as informações sobre este tipo de distorção no plano material. Sabe-se apenas que o limbo é uma interferência na estabilidade da matéria. A única forma de atravessar um local afetado é controlando sua mutação. Isso provavelmente deve ser um efeito oriundo dos Slaads, seres nativos, dessa espécie de plano. Não há outro jeito de atravessar o caminho se não se arriscando na travessia contando que não haja instabilidade.”

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(A Fera do Caos enfrentada no portal de transição)

“Vocês iniciam a travessia na área distorcida que adquire o aspecto mais equilibrado para caminharem. Fora dele às coisas continuam a se alterar. Por alguns segundos vocês vêem água flutuando até que tudo desapareça e se torne rochas em chamas ou uma bola multicolorida de energia, enfim, não há tempo para perder. Porém, algo impossível acontece, antes que possam dar mais um passo uma terrível criatura, acompanhada de outras duas, sai desta área de distorção e invade o caminho à frente, outras três parece emboscá-los surgindo no trecho que já passaram. Nada é tão grotesco quanto isto. Um monstro desprovido de forma se desfaz e se recompõe o tempo todo, aparentemente extraindo cada formato de um pesadelo antigo que já atormentou a humanidade. Ela transita caoticamente entre uma dúzia de configurações monstruosas diferentes, antes de estabilizar em uma coisa arredondada com dez olhos flutuando em órbitas viscosas e um corpo rodeado por um anel de bocas ruidosas. Não há como prosseguir esta travessia se não aniquilando as criaturas.”
  
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“Vocês alcançam uma área em que o limbo parece controlado por uma força desconhecida e não tem dúvida de que estão à margem do plano material. Ainda há metade do caminho a se percorrer e não há muito tempo para perder observando coisas supérfluas.”

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Enquanto isso,
Na cidade dos Slaads...

“- Parece que nossos planos deram certo... Você me encheu de orgulho Sóluno... Não percamos tempo... Precisamos iniciar o ritual !

- Depois de tantos anos, senhor Darcáin... – falava Sóluno – Finalmente uma oportunidade real ! Nada poderá nos impedir agora !

- Você deve sair daqui ! Avise a Cathezar que estou com a garota ! Eu cuidarei dos demais jamnares! Agora que já tenho uma comigo o resto é descartável ! Devo garantir que eles estarão exterminados até o fim desse ritual !

- Tudo bem senhor !

Sóluno desaparecia deixando a garota inconsciente aos cuidados de Darcáin.

- Humpf – pensava - Vou preparar uma ótima recepção para eles ! Com certeza devem estar muito interessados em resgatar essa garota ! Porém, eles aprenderão primeiro o que significa o ódio de Kindara ! O ódio que Torus conheceu!”

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( O caminho para a sala de Darcáin após entrarem na Fortaleza Slaad sem serem vistos)

“ Vocês descem a escadas que conduz a um aposento largo. Uma espécie de portal disforme e cintilante está a esquerda de um espécie de trono velho, enquanto do lado direito uma grande porta de ferro se mantém fechada. Antes que observem mais alguma coisa, uma voz vinda do outro lado dessa sala, chama a atenção de vocês:

- Raramente eu me apresento nessa forma... Apenas quando meus convidados, assim como eu, possui um aspecto decisivo no destino de suas raças... Meu nome é Darcáin, sou conhecido no Caos Mutável do Limbo como Iathzerai, o servo mais leal do lorde dos pesadelos ! Finalmente estou frente a frente com vocês, apesar de tê-los observado antes que entrassem na floresta dos espíritos.

Um Humanóide de pele negra rajada de cinza surge diante de vocês. Seus dedos longos terminam em garras, e seus olhos cintilam a morte. Este não parece ser um slaad comum.

- Vocês não são mais úteis... Agora que encontrei a Jamnar defeituosa, cabe a mim aniquilá-los ! Tenho todas as ferramentas necessárias para a realização do ritual e não serão criaturas desprezíveis que irão me atrapalhar. Por muitos anos procurei pelos jamnares e quando os encontrei pude perceber que não seria fácil manipulá-los, porém nossos caminhos levaram para o mesmo lugar, quando descobri que Diddy tinha uma filha chamada Ária. Por ter uma filha com esse poder, o humano tolo achou que também poderia tê-lo, porém tudo o que fez foi apenas poupar tempo do meu senhor Extórax Réx, permitindo que encontrássemos o segredo que o mantinha aprisionado, restando a mim apenas encontrar a jovem Jamnar que foi dada por sua mãe em um vilarejo da Estígia. Quando percebi que juntos o poder contido despertaria eu a coloquei diante de vocês que acabaram por despertá-lo. Humpf !! Chega de explicações. Ária está aprisionada e a aquela porta só abrirá com a minha morte ! Porém, isso não vai acontecer !!! Vocês já chegaram longe demais ! É hora de por um freio nisso ! Quando Ária estiver sob meu comando capturarei o Ashdalon de Jamnar e entregarei para Extórax Réx. Meu desejo será um só ! Libertar o Slaad dos pesadelos ! 
 
O combate contra Darcáin inicia. A luta final contra o líder dos Sladds inevitavelmente começa.

(Darcáin, o líder dos Slaads)