quinta-feira, 28 de maio de 2015

AVENTURA 03: MANDÍBULAS DE FOGO - JAMNARES - CAPÍTULO 06: A ÚLTIMA ESPERANÇA - PARTE 09: A ILHA DE DULGUR : O ANDAR INTRANSPONÍVEL - CONTINUAÇÃO


A jornada no reino distante prossegue. Após vencerem o dragonete e escaparem dos golens e de seus próprios reflexos, o grupo descobre uma misteriosa sala, porém antes que pudessem entrar, os jamnares tem a ideia de ativar a armadilha que provocará o desabamento da sala anterior despistando os reflexos que poderiam avançar em sua direção. Depois de executado, o plano é alcançado com sucesso e na sala seguinte todos descobrem que o local guarda diversos itens, dentre eles um amuleto que encontrava-se junto a uma belíssima estátua de ouro que chama a atenção de Hasthur e Abbadon que de algum modo se enfeitiçam por ele, sendo necessário que Toril e Anglyn interceptem a sua posse, trazendo-o para as mãos da curandeira, que dá ordens a sua Águia para que o retirasse dali.

Após isso, apesar de Hashutr e Abbando se recuperarem, Anglyn começava a ter sensações estranhas, porém nada que ainda pudesse preocupa-la. No mesmo local, o grupo deparava-se também com um pergaminho negro que era mantido aos cuidados do mago. Percebendo não haver ameaças, os jamnares decidem permanecer por 10 dias na pequena sala para que possam se restabelecer e se prepararem para os demais desafios que ainda surgirão no andar instransponível.

No decorrer do prazo, sem que os demais percebessem, Hasthur aventurava-se em meio às ruínas da sala anterior, liberando Drákatus que havia sido salvo no pináculo, comprometendo-se mais uma vez em ajuda-lo, liberando-o para que retornasse ao Alto da Torre. Os demais dias seguem e finalmente o grupo resolve retornar para a primeira sala do andar para enfrentarem os reflexos e seguirem na exploração da Torre de Dulgur, utilizando-se de uma magia de teletransporte utilizada pelo mago.



Alcançando a sala inicial, o combate entre os reflexos inicia e o grupo obtém mais uma vitória estando novamente diante dos dois caminhos que já estiveram. A sala dos espelhos e a sala onde se encontram os golens alquímicos, trazendo novamente a mesma escolha que anteriormente já havia sido feita. O andar instransponível mais uma vez seria enfrentado sendo impossível imaginar que outros desafios poderiam surgir diante das terríveis salas que ainda não foram reveladas.

***

F – SALA DAS TRANSFORMAÇÕES

“Vocês entram em uma sala com paredes, teto e pisos feitos com grandes tijolos alaranjados e porosos que exalam um leve aroma salgado. No meio da sala um obelisco negro repleto de runas permanece inativo. Porém a atenção de vocês é chamada imediatamente pela voz de uma criatura que encontra-se próximo a porta.É uma criatura de tamanho impressionante, muito maior do que qualquer humano ou ogro, com um corpo pesado e musculoso e uma longa cauda. Orelhas compridas e pontudas projetam-se da face bestial e chifres se projetam da testa larga: - Há muito tempo que não recebo visitas... – murmurava – 3.000 ou 4.000 anos talvez... Não me recordo bem... Meu nome é Eredar e não tenho razão alguma para saber o nome de vocês ! Se entraram nessa torre é porque estão dispostos a nunca mais saírem... Porém darei uma pequena chance para que falem e depois decidirei se devo ou não matá-los...”




***

- Lanço um desafio a vocês se superarem esse andar pouparei suas vidas medíocres e direi onde Diddy está... – Após proferir essas palavras seguidas de uma risada sinistra a criatura desaprece. A runa que estava no centro da sala antes desativada tem suas palavras todas iluminadas. Imediatamente, antes que façam alguma coisa, vários raios que saem dela atinge cada um de vocês.



***

Vocês acordam confusos sem entender o que pode ter acontecido, porém algo está completamente diferente. Para a surpresa de quase todos os membros do grupo, a aparência de grande parte dos membros possui aspecto diferenciado e não somente isso, a sensação, o modo de pensar e de observar tudo ao redor parece ter sido completamente alterado. Kyelai talvez fosse o único a não ter sido atingido pela terrível energia, porém os demais tiveram um destino diferente. Anglyn tinha a íris de seus olhos completamente avermelhadas, enquanto Khalidaff já havia deixado sua aparência de turiano para trás revelando uma forma quase celestial. Abbadon, Toril e Hasthur também revelavam aspectos distintos e pensamentos totalmente confusos, alguns bem contraditórios aos que eram assumidos minutos atrás.


- É um sensação estranha... - falava Hasthur - Creio que vocês também devem ter essa mesma sensação. Minha mente parece nublada e minhas intenções se perderam após ter sido atingido. Meus pensamentos foram substituídos por algo totalmente diferente como se todos os planos que determinei aqui não tivessem mais sentido. Apesar de minha capacidade cognitiva permanecer a mesma, creio que qualquer mudança que seja, ainda que positiva, é algo sério demais para ser encarado com naturalidade. Enfim, nós estamos diante de uma terrível runa, porém ainda temos chance de recuperarmos aquilo que já fomos e essa será a última chance. Nosso sangue deverá ser colocado sobre ela e tão logo isso aconteça o que já fomos retornará. Como um estudioso e manipulador da magia pelo sangue, isso também será uma escolha perigosa, mas não temos tempo. Vocês devem se decidir se voltarão a ser quem eram. Seja qual for a escolha a minha eu já fiz.


Todos concordam com Hasthur e depositam uma parte de seu sangue junto a runa. Gradualmente o efeito mágico vai sendo dissipado e a mente de vocês é novamente nublada. Os aspectos que haviam surgido desaparecem lentamente até que o corpo e o pensamento de cada um tornem ao que antes já foram. Kyelai o único não atingido, permanece confuso observando tudo aquilo até que a runa começasse a afundar no chão rapidamente desaparecendo em uma escuridão sinistra. A voz de Erédar era novamente ouvida emanando de todos os lados da sala:


- Vocês a conhecerão !!! Seu nome é Háakta e ela será o último obstáculo que vocês enfrentarão caso alcancem o final desse andar. Tenham certeza, os reflexos que enfrentaram não são nada comparado ao novo ser que é fruto do poder de cada um de vocês em um só. Já chega de palavras se não conseguirem encontrá-la não se preocupem que ela encontrá vocês...


A voz de Erédar desaparecia em um eco diminuindo em fração de segundos até que restasse somente o caminho a frente para ser alcançado. Hasthur, estava correto, e antes que fizessem uma escolha, ele já temia que algo pudesse acontecer, porém, correto ou não, o sacrifício era necessário. 


- Vamos ! - dizia Kyelai - Minha paciência com esse tolo já está no final !! Se voltaram realmente a serem quem já foram. Espero que provem isso !! Não fui atingido pela runa, mas creio que também tenha mudado. Antes eu só queria conhecê-lo, agora mais do que nunca eu quero matá-lo...


- Humpf - Todos nós mudamos... - murmurava Anglyn olhando para Hasthur - E talvez, apesar de tudo, nunca voltaremos a ser quem realmente já fomos...






***
(Éredar - O guardião do andar intransponível)

H – O ESTRANHO CÓRREGO

“Vocês entram em uma sala que revela algo sobrenatural, um estranho córrego corta esta sala de uma ponta até a oposta, com a água que escorre de uma parede e desaparece na outra como se caísse para o vazio. Dentro dele uma fumaça sutil emana, e em seu centro descansa um altar de pedra que suporta um crânio dourado, como se fosse uma espécie de “ídolo” ou algo do gênero. Um caminho de pedras leva da margem até o altar, atravessando o córrego em uma trajetória quase retilínea, prosseguindo do altar até o outro lado onde é possível avistar 03 portas que conduzem para diferentes lugares.

- Já basta ! - falava Kyelai que não esperava pelos demais direcionando-se no sentido do ídolo - Seja lá o que isto represente que vá para o inferno !! - O cavaleiro chutava a estrutura que afundava no córrego - Apareça seja lá quem for !! A minha espada estará esperando !!!


As palavras mal terminavam de ser soadas e um grupo de 12 nagas surgia antes que pudesse dar mais algum passo. Khalidaf retirava seus dois machados enquanto os demais se preparavam para o combate iminente. Abbadon não podia mais ser visto entre eles e provavelmente já estava oculto nas sombras. A sala iluminava-se com um barulho de farfalhar de raios que se formavam nas mãos das nagas que olhavam furiosas para Kyelai, todas direcionavam a terrível magia em sua direção.


- Vamos !!! O que estão esperando ??!!!! Ataquem  !!!!!


O grito de Keylai terminava com o ataque surpreso de Abbadon em uma das nagas seguido do tiro certeiro de Toril no pescoço de uma delas. O mesmo acontecia com Khalidaf que já havia investido em direção a um grupo, fazendo com que três delas já sentissem a fúria de seus machados. Kyelai era atingido por mais de 7 raios simultaneamente, porém isso não era suficiente para derrubá-lo, ainda que ferido, permanecia de pé, esperando a oportunidade para revidar o ataque. Curiosamente antes que investisse, seus ferimentos instantaneamente eram curados, ele olhava para Anglyn, antes de atacar a naga mais próxima, que junto a um leve sorriso murmurava:


- Não há ferimento que eu não possa curar e não há inimigos que não possamos vencer..."


***


A batalha terminava com a vitória do grupo que permanecia agora diante das 3 portas, todos estavam bem e a cura de Anglyn já havia reparado os danos causados pelas Nagas. Mais uma escolha surgia para os Jamnares. 03 novos caminhos. A expressão de Abbadon parecia mudar como se lembrasse de algo. Sua reação era rápida e antes que qualquer diálogo iniciasse, o misterioso ladino quebrava o seu silêncio:


- Esperem... - nesse momento todos olhavam para Abbadon - Eu me lembro disso...


FIM DA SESSÃO